Álcool pode ajudar a diminuir o risco de demência
Segundo o estudo, pessoas que tomam até duas latas de cerveja ou um copo de vinho por dia têm menos risco de desenvolver a doença.
Além de ajudar a relaxar no final de um dia, o álcool pode ajudar na saúde a longo prazo ao diminuir o riso de desenvolvimento de demência, segundo um estudo coreano publicado na revista JAMA Network Open. Segundo o estudo, pessoas que tomam até duas latas de cerveja ou um copo de vinho por dia têm menos risco de desenvolver a doença.
Para chegarem a essa conclusão, cientistas da Coreia do Sul analisaram informações de quatro milhões de pessoas tiradas de um banco de dados do Serviço Nacional de Saúde do país entre 2009 e 2011. Os participantes do estudo tinha uma média de 55 anos e nenhum deles apresentava histórico de demência. Todos os elementos responderam a um questionário sobre a frequência e quantidade de álcool que consumiam diariamente. Em 2018, depois de fazerem novos exames no Serviço Nacional de Saúde, os indivíduos foram novamente inquiridos sobre a sua relação com o álcool e se tinham sido diagnosticados com demência.
Os participantes foram divididos em quatro grupos: sóbrios, consumidores leves (tomam cerca de um copo por dia), moderados (até dois copos) e consumidores pesados (mais de dois copos por dia).
Quando ingerido em pouca quantidade, álcool pode proteger da doença
O estudo mostra que aqueles que estavam habituados a beber uma lata de cerca ou copo de vinho por dia apresentavam um risco 21% menor de desenvolver demência em comparação com os que não bebem. Já quem tomava dois copos por dia tinha um risco 17% menor de ter a doença. Mas os que consumiram maiores quantidades diárias de álcool apresentava um risco 8% maior de desenvolver o problema.
Quando ingerido em pouca quantidade, o álcool pode proteger contra a demência uma vez que tem a capacidade de reduzir a inflamação no cérebro e a espessura do sangue, facilitando a circulação sanguínea e oxigenação do corpo. Contudo, e apesar dos resultados promissores, o estudo não conseguiu provar de forma exata se o álcool era mesmo o responsável por reduzir o risco de demência, uma vez que há outros fatores que podem influenciar o diagnóstico. Outra limitação do estudo é que a pesquisa se baseou nos relatos dos participantes que podem, nem sempre, ter sido honestos.
Segundo os cientistas, a relação entre as bebidas alcoólicas e a demência ainda precisa de ser aprofundada e, por isso mesmo, não se deve consumir com vista a prevenir a doença.
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