Estudo destrói mitos sobre nutrição para pessoas com paralisia cerebral

Triatleta com paralisia cerebral, Samuel Bortolin, participa de estudo para identificar cuidados com nutrição em casos de paralisia cerebral.

Estudo destrói mitos sobre nutrição para pessoas com paralisia cerebral

A paralisia cerebral é uma condição neurológica que afeta a coordenação muscular e o movimento, geralmente provocada por uma lesão no cérebro durante o desenvolvimento fetal ou nos primeiros anos de vida. Pode dar origem a rigidez muscular, falta de coordenação, dificuldade de movimentos precisos e atraso no crescimento. Sendo que se manifesta em diferentes graus.

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A condição é alvo de um novo estudo chamado Nutrição para pessoas com paralisia cerebral e publicado pela Plataforma Sucupira. Este trabalho foi levado a cabo pelo triatleta com paralisia cerebral e pós-graduado em nutrição esportiva, Samuel Bortolin, o Pós PhD em neurociências, Fabiano de Abreu Agrela e a mestrada em neurociências e nutróloga Patrícia Rosany. Foi estudado o caso do próprio Samuel Bortolin para identificar as especificidades necessárias para a nutrição de pessoas com paralisia cerebral devido a algumas limitações de mobilidade e dificuldades de deglutição. Ajudando assim a destruir alguns mitos sobre a paralisia cerebral.

“A nutrição é a base para qualquer organismo funcionar de maneira adequada, porém na condição da paralisia cerebral é ainda mais importante”

“Tenho uma experiência empírica muito vasta. Nasci com paralisia cerebral, prematuro de seis meses e meio, portanto, vivi toda etapa de alimentação com paralisia cerebral. Desde a introdução alimentar até aos dias atuais. Percebi que alimentos ultra processados e ultra palatáveis pioravam minha cognição e me provocavam mais espasmos. A nutrição é a base para qualquer organismo funcionar de maneira adequada, porém na condição da paralisia cerebral é ainda mais importante”, refere Samuel Bortolin. “A alimentação pode sim, ajudar pessoas com paralisia cerebral, que têm convulsões, usando níveis específicos de gordura, carboidratos e proteínas. Melhorando assim funções cerebrais. Esse tipo específico de dieta deve sempre ser prescrito por médicos e nutricionistas especializados em síndromes metabólicas e epilepsia”, acrescenta.

O estudo conclui que a nutrição individualizada e elaborada por um profissional especializado para pessoas com paralisia cerebral é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Fortalecendo o sistema imunológico, melhorando a função gastrointestinal, imunidade, longevidade, reduzindo convulsões e aumentando a massa magra.

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Fotos: 지원 이/Pixabay

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