Os Per7ume estão de volta para uma tour que inclui os maiores sucessos da banda

Os Per7ume estão de volta para uma tour que inclui os maiores sucessos da banda. Tozé Santos, vocalista da banda portuense, falou em exclusivo ao Portal de Notícias.

Os Per7ume estão de volta para uma tour que inclui os maiores sucessos da banda. Em exclusivo ao Portal de Notícias, Tozé Santos, vocalista dos Per7ume, está de regresso com um novo álbum e uma tour que promete muitas surpresas aos fãs da banda portuense.

O que pode o público esperar deste regresso dos PERFUME?

Sobretudo muita inovação no som. Eu e o Jorge Sousa (baterista) criámos, entretanto, um estúdio de gravação profissional e uma escola de música denominada POP´s Cool. Por esta razão estamos diariamente dedicados à criação e à elaboração de arranjos. É muito proliferativo, sendo que, em pouco mais de 2 meses finalizámos mais de 10 composições, se bem que a nossa pretensão será de lançar tema-a-tema com respetivo videoclip para promoção. Já agora aproveitando para referir que os restantes elementos também contribuem muito para a elaboração do projeto, estando o Rui Fernandes (também professor de música) dando grande contributo na parte harmónica e melódica já que, para além de ser pianista, também toca saxofone.

Já o Nelson Reis, baixista, é o designer gráfico desde que criámos a banda, a 07/07/07.

Pode avançar um pouco da essência do novo álbum?

O novo disco será um pouco mais experimental e eletrónico que os quatro anteriores de originais. Pretensamente e como já referi acima, faremos muito uso do Sax do Rui para muitos dos solos e arranjos melódicos.

O que vai acontecer com o excedente de repertório é que, ao lançarmos os singles como EPs no mercado digital, iremos oferecer B- Sides e, ao lançamento do álbum, teremos um total de 30 temas lançados.

A nova digressão incluirá as ilhas e as comunidades portuguesas e vai decorrer até 2020. É muito tempo de estrada…

Em relação à Tour também podemos avançar uma novidade em primeira mão: todos os espetáculos serão registados em áudio e será possível a aquisição de uma pen USB em

Formato de uma guitarra acústica, personalizado com o nosso logotipo e com a referência do concerto em questão. Isto porque esta indústria mudou muito e temos procurado sempre ser inovadores e inventivos. Por essa razão procuramos uma solução diferente. Estes serão, paralelamente ao novo perfume de homem e mulher, os itens de merchandising que podem ser encontrados nos muitos shows do grupo até ao final do próximo ano.

Como concilia esse ritmo alucinante com a vida familiar?

Não é, de todo, fácil. Para além dos ensaios e concertos da banda e a azáfama no estúdio e na nossa escola de música, dou aulas noutras escolas. Temos de programar bem a agenda semanal, até porque as miúdas têm uma atividade alucinante. Óbvio que a família tem prioridades, é uma questão de boa gestão dos recursos de tempo.

As suas filhas vão marcar presença em algum concerto?

A Luana já tem 16 anos e a Lia 12. Conto tê-las na assistência de 60% dos concertos da Tour. Aliás, gosto que acompanhem também o processo de gravação e que me dêem opinião sobre os temas. São um barómetro essencial do que possa ou não ser mais bem-sucedido, elas estão mais sensíveis e apetentes ao que se passa no cenário. Chegam a surpreender-nos às vezes com o que proferem relativamente a cada canção, com reparos muito assertivos.

A Luana já gravou um tema consigo. Ainda tem a mesma vontade de seguir as pisadas do pai?

Não creio que a Luana vá querer trabalhar num disco de longa duração antes de terminar o processo de faculdade, que é já a seguir. Ainda gravamos um single experimental, depois de ter cantado comigo em dueto no tema principal do meu projeto a solo – Homem dos 7 Instrumentos em 2012. Mas não faço propriamente questão ou força para que o faça. A seu tempo e se assim o desejar…

O sucesso da banda bateu à porta em 2007. O que mudou desde então?

Creio que o que mudou mais foi a indústria. Aliás, eu dava uns passos atrás até ao início da minha carreira discográfica, em 1999. Nessa altura imperava o CD como formato físico. Era valorizado e vendia como pão quente, passo a expressão mundana. O último segmento de grande consumo de discos neste formato foi efetivamente no primeiro álbum dos perfume, em 2007. Os discos de ouro que tenho são dessa Fase e doutra ainda mais extrema, com Zeca Sempre em 2010. Entretanto, logo depois disso, entrou a era do digital download e streaming. É muito duro produzir-se música com tanta entrega e depois ver o produto ser banalizado e partilhado de forma gratuita. Mas, como referi, temos de estar atentos e agir de acordo com as novas tecnologias e tendências.

Texto de Cynthia Valente | Fotos: Redes Sociais

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