Pornografia pode matar tantas pessoas como o tabaco
Organismo do Governo britânico considera o consumo de conteúdos pornográficos muito malicioso para a saúde pública, comparando com o tabaco.
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A pornografia pode ser tão perigosa para a saúde humana como o tabaco, dizem especialistas no Reino Unido, país que pode ainda proibir a visualização de conteúdos pornográficos nos transportes públicos. A recomendação é feita pelo Comité de Mulheres e Igualdade do Parlamento britânico.
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Segundo o relatório do mesmo organismo, o consumo de pornografia pode ser uma ameaça à sociedade, pois pode provocar situações de violência sexual e deve ser «tratada como outros problema de saúde», como o consumo de tabaco.
«Os homens que consomem pornografia têm maiores probabilidades de manterem atitudes sexistas e de serem sexualmente agressivos com as mulheres», refere o relatório.
O Comité considera que existem «danos da pornografia» que são «exemplos de comportamentos legais que o Governo reconhece como prejudiciais, como o tabaco, que são abordados através de campanhas de Saúde Pública e grandes investimentos projectados para reduzir e prevenir esses danos».
Numa primeira fase, a organização propõe proibir a visualização de pornografia em autocarros porque «desenvolveu-se como uma nova forma de assédio sexual». Além disso, «a pornografia, a violência sexual, o abuso e o ‘sexting‘ [envio de conteúdo sexual pessoal] nas relações íntimas entre os jovens» são provas de que «há uma relação entre o consumo de pornografia e as atitudes sexistas e as condutas sexualmente agressivas que incluem a violência».
Mais de 60% das mulheres no Reino Unido, entre os 18 e os 24 anos, confessam que já estiveram envolvidas em situações de «atenção sexual indesejada» nos transportes públicos; 35% foram tocadas de forma indesejada; e 60% dizem que não se sentam seguras no regresso a casa, bem como na Internet. «Há preocupações específicas sobre o papel da pornografia no contributo para atitudes lesivas para com as mulheres e raparigas, fornecendo um contexto onde o assédio sexual se concretiza», apontou o documento.
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