Por que precisamos de dormir? A neurocientista Verena Senn explica
Todos estamos de acordo quando dizemos que não há melhor do que uma boa noite sono e o primeiro passado para um descanso de qualidade é um bom colchão.
Todos estamos de acordo quando dizemos que não há melhor do que uma boa noite sono e o primeiro passado para um descanso de qualidade é um bom colchão. Mas dormir bem pode ser mais complexo do que isso. Quem o diz é Verena Senn, neurocientista e especialista do setor do descanso, que faz parte da equipa de especialistas da marca colchões Emma.
«O tempo ideal de sono para um humano ronda as oito horas por noite», explica a neurocientista. «Nós dormimos porque ocorrem dois processos no nosso corpo que são responsáveis por regularizar a hora de dormir. Um deles é o nosso relógio circadiano interno, também chamado de ritmo circadiano que, alinhado com a luz do dia e o escuro da noite, nos diz quando devemos descansar. O segundo processo está relacionado com a adenosina, uma substância que acumulamos no cérebro ao longo do dia, aumentando a nossa necessidade de dormir. Quando a sua concentração é alta, depois de um dia inteiro acordado, bloqueia a secreção das moléculas, induzindo assim o sono», acrescenta.
Estes dois processos, em conjunto, são os principais motivos de termos sono.
Mas, afinal, por que precisamos de dormir?
Durante a noite, o nosso cérebro processa o que aprendemos e as experiências que passamos durante o dia. Vários estudos demonstram, inclusive, que o sono aumenta o conhecimento ou as habilidades que adquirimos. O corpo utiliza o sono para arrumar as memórias e destacar aquelas que são mais importantes para uma parte do cérebro destinado ao armazenamento de memória a longo prazo. Assim, quanto mais tempo estivermos acordados, menos eficaz será o armazenamento de novos conhecimentos.
O sono também tem um grande impacto no nosso sistema imunológico. Dormir ajuda a recuperar de uma constipação mais rapidamente ou mesmo a evitar que se fique doente. «Dormir é o melhor remédio com a vantagem de não ter quaisquer efeitos adversos», afirma Verena Senn.
Siga a Impala no Instagram