Restaurante de Macau em 35º nos 50 melhores da Ásia
O restaurante de Macau Jade Dragon desceu hoje para o 35.º lugar na lista dos 50 melhores restaurantes da Ásia, cuja primeira posição foi, pela quarta vez consecutiva, para o Gaggan, em Banguecoque.
O restaurante de Macau Jade Dragon desceu hoje para o 35.º lugar na lista dos 50 melhores restaurantes da Ásia, cuja primeira posição foi, pela quarta vez consecutiva, para o Gaggan, em Banguecoque.
O anúncio da lista, versão regional da lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, organizada e publicada pela William Reed Business Media desde 2002, decorreu esta noite no casino Wynn Palace, com a atribuição de sete prémios individuais, incluindo entre outros, o de restaurante sustentável, ou o para a melhor chefe da Ásia.
Onze restaurantes no Japão, nove em Hong Kong e na Tailândia, sete em Singapura, três em Taiwan e na Coreia do Sul, dois na China continental, na Índia e no Sri Lanka, um em Macau e na Indonésia completam a lista dos 50 melhores da Ásia.
O chefe Gaggan Anand atribuiu a distinção à “constante inovação”.
“É um processo contínuo. A cada quatro meses, mudamos a ementa e o que quero ouvir de quem nos escolhe é que a última visita foi melhor que a anterior”, disse o chefe, que chegou a estagiar com o catalão Ferran Adrià, na conferência de imprensa após o anúncio da lista.
Nascido em Calcutá, Anand abriu o Gaggan em dezembro de 2010 e desde então o restaurante está presente na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Em 2015, 2016 e 2017 foi considerado o melhor restaurante da Tailândia e da Ásia, tal como agora, na lista de 2018.
Anand planeia fechar o Gaggan em 2020 e abrir um restaurante de dez lugares, a funcionar apenas aos fins de semana, em Fukuoka, Japão.
De Viseu, João Pereira, de 27 anos, integra a equipa do Gaggan. Há cinco anos veio para Macau, onde esteve dois anos a trabalhar na restauração. “Quero fazer mais três anos [no Gaggan], já que oficialmente ele vai fechar em 2020”, disse João Pereira.
“Em relação ao processo criativo do restaurante, trabalhamos como equipa, todos trazem as suas influências culturais e criamos um prato”, contou. “Da minha pequena experiência na Ásia, ainda existe muita influência portuguesa, por exemplo, na cozinha indiana… o pão é baseado na farinha que trouxemos de Portugal”.
No futuro, João Pereira gostaria de lançar um projeto de “comida ex-colonial portuguesa”.
“É algo que sempre me fascinou. Adoro comida portuguesa, mas creio que tem alguns limites. Quero procurar outras fronteiras, as influências que deixámos em África, na Índia, no Japão, Tailândia, seria interessante combinar isso tudo e abrir um restaurante”, considerou, que espera conseguir abrir o seu espaço “daqui a quatro anos”.
Organizada com o apoio da Direção dos Serviços de Turismo (DST), o anúncio da lista dos 50 melhores restaurantes da Ásia realizou-se no âmbito da “2018 Ano da Gastronomia de Macau”. Em 2019, a cidade voltará a receber o evento.
Na abertura da cerimónia desta noite, a diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, afirmou que Macau está empenhado, “enquanto Cidade Criativa de Gastronomia, em promover a criatividade como factor estratégico para um desenvolvimento sustentável, procurando mais intercâmbio, inovação, colaborações interdisciplinares, a preservação das tradições e treinar as próximas gerações de talentos culinários”.
Macau entrou para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) na área da Gastronomia em 31 de outubro de 2017, tornando-se a terceira cidade na China, a seguir a Chengdu e Shunde, a conquistar tal feito.
A lista completa pode ser consultada em www.theworlds50best.com/asia/en/.
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