Será que os sonhos prevêem o futuro? Cientista explica

Neurocientista estudou durante 15 anos os sonhos para perceber se o corpo e a mente dão sinais sobre acontecimentos futuros.

Será que os sonhos prevêem o futuro? Cientista explica

Conhece o sentimento de déjà vu? Aquela sensação subjetiva mas intensa de já se ter presenciado ou vivenciado algo? Segundo a neurocientista cognitiva e psicóloga experimental Julia Mossbridge é mesmo possível os sonhos revelarem situações futuras.

Durante 15 anos, Mossbridge dedicou-se ao estudo dos sonhos e concluiu que o corpo e a mente dão sinais inconscientes sobre o futuro. Tal é possível devido à precognição, a capacidade de visualizar um facto que vai ocorrer num futuro próximo.

Num artigo escrito para o jornal ‘Daily Mail’, a cientista revela que a precognição lhe salvou a vida e até a protegeu a si e à família em algumas situações.

«A precognição pode ser pensada como uma forma de viagem mental no tempo. É como um puxão do futuro», afirma. Estes ‘puxões’ podem ocorrer de diferentes formas. Na maioria das pessoas, ocorrem durante a atividade noturna do cérebro, ou seja, de um sonho.

Segundo Julia Mossbridge, «os sonhos precognitivos são a experiência psíquica mais comummente relatada, com as pesquisas a sugerirem que 15% a 30% das pessoas os vivenciaram. Os acontecimentos previstos neles parecem acontecer em cerca de 40% do tempo no dia seguinte ao do sonho».

Cientista explica como é que a precognição se pode manifestar através dos sonhos

A cientista dá vários exemplos de como a precognição se pode manifestar através dos sonhos. Quando Julia Mossbridge se divorciou pela primeira vez, começou a procurar por um apartamento para ir viver sozinha com o filho. Na altura, sonhou com uma vizinha, Maureen, estava a arrendar um apartamento térreo .

No dia seguinte perguntou a Maureen se sabia de algum apartamento que estivesse para arrendar, ao qual a vizinha lhe respondeu que tinha o dela.

A neurocientista explica que há pessoas que conseguem aprimorar as capacidades precognitivas e usá-las para fazer dinheiro.

Para esta investigação, Julia Mossbridge analisou, juntamente com uma equipa da Universidade de Northwestern, nos EUA, 26 ensaios publicados nos últimos 32 anos e onde foi explorada a alegação de que a fisiologia humana pode prever acontecimentos futuros.

«Quando somámos todos esses ensaios, ficou claro que o corpo humano passa por mudanças antecipadas a futuros eventos importantes – alertando as nossas mentes não conscientes uns segundos antes para o que é provável que aconteça», explica.

«Prever o futuro é uma função essencial do sistema nervoso humano. Por exemplo, se ouvirmos um cão a ladrar alto enquanto caminhamos, não é precognitivo, mas ainda assim ‘prevemos’ que podemos ver um cão ao virar a esquina.» São este tipo de previsões que para a cientista podem fazer a diferença entre «a vida e a morte».

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