Abuso de pesticidas estraga 40 mil hectares de milho

Moçambique perdeu mais de 40 mil hectares de cultivo, devido ao uso abusivo de pesticidas químicos no combate à praga da lagarta do funil de milho, na presente campanha agrícola, disse fonte do Ministério da Agricultura.

Abuso de pesticidas estraga 40 mil hectares de milho

“O recurso aos químicos deve ser a última aposta. Todavia, ao primeiro sinal de pragas, os produtores correm aos pesticidas e um dos erros é o uso do mesmo elemento por várias vezes. É preciso fazer rotação”, referiu Adérito Lázaro, do departamento de sanidade vegetal do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), citado hoje pelo Notícias.

No distrito de Boane, a título de exemplo, os agricultores duplicam a quantidade de pesticidas aplicados por semana, mas continuam a verificar-se evidências de resistência em todo o país.

Em contrapartida, já há testes de pesticidas botânicos produzidos a partir de fragmentos de plantas.

O setor da agricultura, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), tem divulgado o maneio integrado de pragas agrícolas, técnica que consiste na combinação do uso de inseticidas, sementes melhoradas, pesticidas biológicos e controlo cultural.

O Governo moçambicano aprovou em 2018 um fundo de 5,6 milhões de dólares (4,9 milhões de euros) para ações de vigilância contra a lagarta do funil de milho.

A praga, oriunda da América do Sul, foi detetada pela primeira vez em África, em 2016, na Nigéria.

Em determinadas condições atmosféricas e de floração, a lagarta pode levar à perda total de explorações de milho.

 

 

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