Alcochete | Rui Patrício recorda ameaças dos atacantes: «Estavam muito agressivos»
O antigo guarda-redes do Sporting relata o «terror» vivido em Alcochete no dia 15 de maio.
A sessão da tarde do julgamento do ataque à Academia de Alcochete tem início com o depoimento de Rui Patrício – guarda-redes do Sporting à data da invasão. O futebolista, que atualmente joga pelo Wolverhampton Wanderers, começa por recordar que os adeptos que invadiram a Academia «entraram e começaram a agredir».
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«Uma pessoa levou logo um pontapé. Vão diretos a William», revela, acrescentando que tentou acalmar o adepto. De seguida, Rui Patrício revela algumas das frases dos atacantes. «Estás aqui filho da pu**. Estás-te a rir? Parto-te a boca toda. Queres ir embora também?’», conta.
«Quando estou a tentar agarrar o outro que está a agredir William, há um que começa a agarrar-me no peito, outro no braço. Vi o Jorge Jesus com sangue no nariz e na boca. Também vi o Bas Dost ferido», recorda.
Entre «muita confusão, fumo e gritos», Rui Patrício recorda que «os indivíduos(…) estavam muito agressivos». Naquele momento, o guarda-redes confessa que só conseguia pensar: «Não nos matem.»
Questionado sobre se os agressores tinham rosto coberto ou não, Rui Patrício refere que tinham o rosto descoberto e que entre os agressores estava Fernando Mendes. O guarda-redes recorda a reunião em Alvalade com Bruno de Carvalho e André Geraldes. «Correu em ambiente muito mau. Começou a acusar-nos, sobretudo a mim e ao William. Sentimos que com o post, algo podia acontecer».
Rui Patrício revela ainda que William lhe disse que Mustafa tinha dito que Bruno de Carvalho tinha mandado partir os carros aos jogadores. Algo que o antigo presidente negou na reunião.
Texto: Sílvia Abreu
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