Ana Júlia elaborou um «plano macabro» antes de ter matado Gabriel
No auto de prisão de Ana Júlia, o juiz de Almería assegura que a assassina abriu uma cova «prévia» ao crime, sugerindo que o homicídio foi premeditado
Ana Julia Quezada, a madrasta de Gabriel Cruz ficou em prisão preventiva na quinta-feira passada, dia 15 de março, por ter alegadamente matado o menino de oito anos. No auto de prisão da mulher de 43 anos de origem dominicana, o juiz envolvido na decisão, Rafael Soriano revela que Ana Julia abriu uma cova «prévia» ao crime, sugerindo que o homicídio foi premeditado.
«É inquestionável a participação da arguida Ana Julia Quezada na morte do menor», pode ler-se no auto de prisão.
De acordo com o El País, também está descrito que a madrasta elaborou um «plano criminal macabro», antes de ter assassinado a criança. Ana Julia terá planeado como mataria o menor e como escaparia impune às autoridades.
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A história contada por Ana Julia, nomeadamente, que encontrou Gabriel, que discutiram e que, de seguida, atacou-o com o machado em legitima defesa, foi toda uma narrativa inventada pela criminosa para não ser responsabilizada pela morte de Gabriel. No entanto, em tribunal esta versão foi descartada com base nas provas recolhidas.
O auto ainda assegura que foi a madrasta de Gabriel quem colocou «a camisola no terreno», onde estavam a decorrer as buscas. Ana Julia teria com objectivo «despistar os agentes de autoridade», para poder transportar o cadáver e deixar a polícia a procurar intensamente naquele terreno.
«A arguida aproveitou um momento em que sabia que ia estar sozinha com o menino para o matar».
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Ana Julia afirma que atacou Gabriel com um machado em legítima defesa
Passados dois dias do corpo de Gabriel Cruz ter sido encontrado na mala do carro de Ana Julia, a madrasta confessou ter matado o menino de oito anos na passada terça-feira, dia 13 de março.
De acordo com os órgãos de comunicação social espanhóis, a mulher natural da Republica Dominicana explicou às autoridades que, após ter encontrado a criança a dirigir-se para casa dos primos, abordo-a e que começaram a discutir. De seguida, Ana Julia garante que o menino de oito anos pegou num machado e tentou agredi-la. A mulher tirou-lhe o machado das mãos e golpeou-o com a «parte romba» do objecto.
Ana Julia ainda acrescentou que o golpe foi forte mas que não tinha a intenção de magoar a criança. No entanto, depois de ter deixado Gabriel inconsciente com o golpe de machado, a mulher terá estrangulado a criança até à morte. O relatório da autópsia ao corpo do menor confirmou que este tinha morrido por asfixia.
Autoridades suspeitam que Ana Julia esteja a declarar ter agido em legitima defesa para atenuar a pena.
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