António Costa deixa mensagem de alento: «Não deixem de pensar nas férias de verão»

O primeiro-ministro diz que as medidas de restrição vão ser levantadas de forma progressiva e aconselha os portugueses a pensarem nas férias de verão, mas não para destinos distantes. “Planeiem as férias cá dentro”.

António Costa deixa mensagem de alento: «Não deixem de pensar nas férias de verão»

A dias de ser renovado o estado de emergência, na próxima sexta-feira, António Costa acredita que sejam alteradas algumas medidas de restrições e matéria dos direitos coletivos dos trabalhadores, mas não prevê alterações às limitações de circulação e limite de atividades. «Vamos ter seguramente um país a várias velocidades», sublinhou o primeiro-ministro em entrevista à Rádio Observador, sem deixar de referir que as restrições serão mais exigentes para os grupos de risco.

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«Planeiem as férias cá dentro»

Questionado sobre as às declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, que desaconselhou recentemente as marcações de férias de verão, o primeiro-ministro é cauteloso, mas deixa uma mensagem de esperança. «Não querendo correr o risco de ser otimista, diria que esperem talvez mais umas semanas para marcar férias. Mas não deixem de pensar nas férias de verão». E acrescentou:  “Seria, aliás, para a economia portuguesa, um dano imenso se o próximo verão fosse um verão onde o turismo não tivesse condições de funcionamento mínimo. Portanto, quero crer que até ao verão a situação estará suficientemente controlada para podermos ter férias e para podermos gozar o melhor possível».

Porém, António Costa aconselha os portugueses a não fazerem planos para destinos muito distantes, sabendo que podem ter alguma surpresas como aconteceu agora a milhões de pessoas em todo o mundo em pleno gozo de férias a ficarem isoladas pelo encerramento de fronteiras, pelo cancelamento de voos. «Planeiem as férias cá dentro, porque estamos sempre mais seguros cá dentro nesta fase e menos sujeitos à incerteza.»

António Costa referiu ainda que esta é uma crise de saúde que se está a transformar numa crise económica. No entanto, temos de ter calma. Até porque, segundo o primeiro-ministro, vamos ter seguramente segundos, terceiros e quartos surtos. «Até haver vacina ou remédio eficaz, vamos ter de conviver com a presença deste vírus. Convivemos habitualmente com milhões de vírus mas este tem várias características: por ser novo, mais fácil de transmitir, por existir de uma forma silenciosa em muitas pessoas que vão sendo portadoras sem consciência disso, o que faz com que o risco de transmissão aumente, por ter um período de tratamento mais prolongado e com danos para a saúde graves».

Texto: Carla S. Rodrigues

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