Ataque a Alcochete: Bruno de Carvalho vai a julgamento
Bruno de Carvalho e os restantes 43 arguidos no processo que investiga a invasão à Academia do Sporting, em Alcochete, vão a julgamento.
Bruno de Carvalho e os restantes 43 arguidos no processo que investiga a invasão à academia do Sporting, em Alcochete, a 15 de maio de 2018, vão a julgamento. Todos os arguidos ficam em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, exceto o atual líder da claque Juve Leo, Mustafá.
A decisão instrutória levada a cabo pelo Juiz Carlos Delca, foi conhecida esta quinta-feira no Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, em Setúbal. A procuradora Cândida Vilar manteve a posição de que todos os arguidos, que são 77, devem ser levados a julgamento.
Cândida Vilar frisou ainda que, tal como refere a acusação, Bruno de Carvalho «sabia o que se ia passar na Academia», razão pela qual pediu a Carlos Delca para manter a medida de coação de apresentações diárias ás autoridades.
Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à Academia do Sporting, o MP imputa-lhes na acusação a coautoria de crimes de terrorismo, de 40 crimes de ameaça agravada, de 38 crimes de sequestro, de dois crimes de dano com violência, de um crime de detenção de arma proibida agravado e de um de introdução em lugar vedado ao público.
BdC acusado de 40 crimes de ameaça agravada
Bruno de Carvalho, Mustafá, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 de ofensa à integridade física qualificada, de 38 de sequestro, de um crime de detenção de arma proibida e de crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Líder da Juve Leo vai responder também por um crime de tráfico de droga.
A instrução, fase facultativa foi requerida por vários arguidos, incluindo o antigo presidente do clube Bruno de Carvalho, e visa decidir por um JIC se o processo segue e em que moldes para julgamento.
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