Ativistas da Amnistia Internacional denunciam violações dos direitos dos negros no Brasil
Ativistas da Amnistia Internacional concentraram-se em frente ao Ministério da Justiça do Brasil para contestar as violações dos direitos humanos
Ativistas da Amnistia Internacional concentraram-se esta quarta-feira em frente ao Ministério da Justiça do Brasil para contestar as violações dos direitos humanos da população negra, maioritária no país.
“Exigimos o direito a uma vida livre de preconceitos e de violência”, diz um documento entregue pela Amnistia Internacional ao Ministério da Justiça, citando vários relatórios que retratam o alto nível de violência sofrida por negros e mulatos, que representam perto de 55% da população brasileira.
De acordo com esses dados, cerca de 23 mil jovens negros são assassinados todos os anos no país, o que equivale a 70% das pessoas que perdem a vida em atos de violência.
O documento exige que o Governo do Brasil “confronte corajosamente o racismo estrutural e institucional” com “políticas públicas integradas de segurança pública, educação, cultura, trabalho e mobilidade urbana”, porque a população negra também é a que mais sofre com a pobreza, o desemprego e a falta de habitação decente ou de serviços básicos.
A diretora da Amnistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, disse que o documento entregue às autoridades do Ministério da Justiça brasileiro tem 63.132 assinaturas recolhidas através de uma plataforma online e representa o “sentimento maioritário da sociedade brasileira”.
De acordo com Werneck, o Estado brasileiro tem o “dever” de “valorizar e preservar a vida” da população negra e garantir plenamente a “segurança e integridade física, mental e moral de toda a juventude negra” no país.
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