18 sismos registados na zona de Arraiolos mas só 2 foram sentidos

Dezoito sismos de baixa magnitude foram registados na zona norte de Arraiolos desde o início do ano, dois dos quais foram sentidos

18 sismos registados na zona de Arraiolos mas só 2 foram sentidos

Dezoito sismos de baixa magnitude foram registados na zona norte de Arraiolos desde o início do ano, dois dos quais foram sentidos, entre eles o desta quinta-feira de madrugada, mas sem provocar danos.

De acordo com Fernando Carrilho, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no último mês tem-se registado alguma atividade sísmica na zona norte de Arraiolos, “com sismos de pequena magnitude, alguns muito pequena mesmo, e apenas dois foram sentidos: o de dia 15 [de janeiro], o mais significativo até quinta-feira, e o desta quinta-feira, que foi a réplica mais forte que pode ser associada a esta atividade”.

Questionado sobre se a atividade sísmica naquela região é maior agora do que era anteriormente, o responsável disse que nos últimos anos a rede de monitorização passou a ser mais densa do que no passado, o que significa que “há maior capacidade de deteção de pequenos sismos, que antigamente podiam não ser detetados, mas estar já a acontecer”.

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Quanto à localização, Fernando Carrilho referiu que os sismos registados na zona norte de Arraiolos desde o início do ano “são aparentemente na mesma estrutura, que não tem vestígios à superfície, mas parece existir em profundidade, com uma orientação oeste/noroeste para sul/sudeste”.

Sobre se estes pequenos sismos indiciam que algum maior pode ocorrer ou, pelo contrário, se libertando energia em pequenos tremores se acaba por prevenir sismos de maior intensidade, o responsável afirmou: “Pode haver atividade microsísmica e isso pode ser indício de que um sismo maior está em preparação, (…) mas verdadeiramente não podemos saber”.

“O que não podemos dizer é que por estarem a acontecer pequenos [sismos] se está a libertar energia e que isso previne um sismo maior”, sublinhou.

O sismo sentido pelas 04:15 de teve epicentro a cerca de 08 quilómetros a Nordeste de Arraiolos, no distrito de Évora, e o IPMA registou uma magnitude de 3,1 na escala de Richter. Foi a maior réplica que pode ser associada à atividade sísmica registada naquela região desde o início do ano e que teve o ser maior tremor de terra no passado dia 15 de janeiro (4,9 na escala de Richter).

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Os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excecional (9,0-9,9) e extremo (superior a 10).

O sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III/IV (escala de Mercalli modificada).

De acordo com informação do IPMA, a intensidade III corresponde a Fraco e o IV a Moderado. Neste último caso, “os objetos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada duma bola pesada nas paredes. Carros estacionados balançam. Janelas, portas e loiças tremem. Os vidros e loiças chocam ou tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem”.

 

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