Academia Portuguesa de Cinema tem cinco filmes em votação a pensar nos Óscares
Cinco filmes portugueses são finalistas para a candidatura de Portugal às nomeações para os prémios de cinema norte-americanos Óscares de 2023, revelou hoje a Academia Portuguesa de Cinema.
De acordo com a academia, foram nomeadas as produções “Alma Viva”, da luso-francesa Cristèle Alves Meira, “Lobo e Cão”, de Cláudia Varejão, “Mal Viver”, de João Canijo, “Restos do Vento”, de Tiago Guedes, e “Salgueiro Maia – O Implicado”, de Sérgio Graciano.
Esta seleção de filmes foi feita por um júri composto por Alexandra Ramires (realizadora), Ivo Canelas (ator), Jorge Paixão da Costa (realizador), Luís Branquinho (diretor de fotografia), Margarida Marinho (atriz), Paulo Furtado (compositor) e Tathiani Sacilotto (produtora).
É a partir desta lista de finalistas que os membros da Academia Portuguesa de Cinema vão agora escolher o candidato de Portugal a uma nomeação para o prémio de Melhor Filme Internacional da próxima edição dos Óscares.
O candidato português será anunciado pela academia a 19 de setembro.
A 95.ª edição dos Óscares está marcada para 12 de março, em Los Angeles, Estados Unidos.
Os cinco filmes finalistas são obras de ficção e a maioria já teve exibição internacional em festivais de cinema, como “Alma Viva”, história de Cristèle Alves Meira sobre laços familiares, misticismo e a cultura transmontana, e “Restos do Vento”, de Tiago Guedes, “que se baseia numa tradição pagã de uma vila do interior de Portugal”, ambos estreados este ano em Cannes.
“Lobo e Cão”, de Cláudia Varejão, que se estreia no festival de cinema de Veneza – que começa hoje -, foi rodado em São Miguel, nos Açores, com um elenco de atores não-profissionais, e que, segundo a Academia Portuguesa de Cinema, é “uma ode à comunidade queer” daquela ilha.
O comité da Academia também escolheu “Mal Viver”, o mais recente filme de João Canijo, em torno de uma família de cinco mulheres que herdou um hotel de província e tenta salvá-lo da ruína.
O único ‘biopic’ das cinco escolhas é “Salgueiro Maia — O Implicado”, de Sérgio Graciano, estreado em sala em abril deste ano e que se inspira na vida de um dos capitães que protagonizou a revolução de 24 de Abril de 1974.
Enquanto Portugal está ainda no processo de escolha, outros países já anunciaram os seus candidatos a uma nomeação para aquela categoria dos Óscares.
A Polónia candidatou “EO”, de Jerzy Skolimowski, a Alemanha submeteu “All quiet on the western front”, de Edward Berger, e a Coreia do Sul escolheu “Decision to leave”, de Park Chan-Wook, segundo uma lista compilada pela revista Variety.
Para a edição deste ano dos Óscares, a Academia Portuguesa de Cinema candidatou o filme “A metamorfose dos pássaros”, de Catarina Vasconcelos, que não chegou às nomeações finais.
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