Alerta | Uma nova ilha poderá surgir nos Açores
O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz disse hoje que uma nova ilha poderá surgir nos Açores, entre as ilhas do Faial e São Jorge, na sequência de “movimentos ascendentes” que se têm vindo a registar no mar.
O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz acredita que uma nova ilha poderá surgir nos Açores, entre as ilhas do Faial e São Jorge, na sequência de “movimentos ascendentes” que se têm vindo a registar no mar. “Pelo tipo de sismo, pela cadência, pela periodicidade, pela energia Richter e repercussões nas ilhas vizinhas, que são Faial e São Jorge e, por vezes, Pico, suspeita-se de que há movimentos ascendentes no fundo do mar, sendo a evolução natural o aparecimento de uma ilha”, declara o presidente do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores.
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O vulcanólogo refere que se têm vindo a registar “crises sucessivas”, ao longo dos anos, no arquipélago, com “intervalos de dois anos”, e o surgimento de uma nova ilha “não é nada de extraordinário porque estas são ativas e condensam movimentos tectónicos, seguidos de vulcânicos”. Para o antigo docente da Universidade dos Açores, o fenómeno deveria ser seguido com um levantamento batimétrico e com recurso a um ROV, um veículo submarino operado de forma remota, visando apurar se há fissuras, deslocamentos e alterações topográficas.
Segundo Victor Hugo Forjaz, a Marinha portuguesa “já deveria ter feito um levantamento no sentido de se perceber melhor os movimentos do fundo do mar naquela zona”, sublinhando que “não há perigo de maior” para a ilha do Faial, uma vez que a zona fica “bastante afastada, cerca de 25 a 30 quilómetros”.
Vulcanólogo defende a instalação de sismógrafos submarinos nos Açores
O especialista recorda que nos Açores já emergiram ilhas que depois voltaram a desaparecer, exemplificando com o banco D. João de Castro, ao largo da ilha Terceira, que “esteve fora do mar durante um certo tempo”, tendo “falhas geológicas provocado o seu abatimento”, sendo previsível que volte a emergir. O vulcanólogo defende a instalação nos Açores de OBS, que são sismógrafos submarinos, que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera possui, ressalvando que houve uma equipa estrangeira que já operou na região com este equipamento, tendo recolhido dados “muito interessantes” a que a Governo Regional e a Universidade dos Açores não têm acesso.
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