António Costa sem “nenhum indício” de favorecimento político à Raríssimas
O primeiro-ministro escusou-se hoje a comentar, em Bruxelas, suspeitas sobre um eventual favorecimento político na atribuição de subsídios à Raríssimas, uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), alegando não ter “nenhum indício” nesse sentido.
O primeiro-ministro escusou-se hoje a comentar, em Bruxelas, suspeitas sobre um eventual favorecimento político na atribuição de subsídios à Raríssimas, uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social, alegando não ter “nenhum indício” nesse sentido.
“Não reajo porque não tenho nenhum indício disso”, limitou-se a dizer, quando questionado sobre o assunto na conferência de imprensa no final de uma cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
Na quinta-feira, o chefe de Governo comentou pela primeira vez o caso de alegada gestão danosa na associação de solidariedade social Raríssimas — Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, que já levou à demissão de um membro do Governo, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.
António Costa manifestou “total confiança política” no ministro do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade, Vieira da Silva, considerando que o facto de ter este sido vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas (2013-2015) não macula “de alguma forma” a sua excelente atividade governativa.
O primeiro-ministro salientou também que não se pode confundir factos, de natureza criminal ou não, que tenham sido praticados por uma direção “que aliás já cessou funções”, com a “excelência do trabalho que a instituição tem desenvolvido ao longo de anos”, e garantiu que o Estado “tudo fará” dentro das suas possibilidades para assegurar a continuidade da atividade da Raríssimas.
Questionado hoje igualmente outro sobre um outro caso revelado por uma investigação jornalística da TVI, a alegada rede de adoções ilegais de crianças ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, que mereceu a abertura de um inquérito por parte do Ministério Público (MP), António Costa também foi parco em palavras, apontando que “se o MP abriu um inquérito, não faz mais do que a sua obrigação”.
“Quando há a suspeita de um crime, [o MP] tem a obrigação de abrir um inquérito, não faz mais do que a sua obrigação”, concluiu.
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