Arritmia que pode causar AVC

Fibrilhação auricular é a arritmia mais frequente, com prevalência superior a 10% na população acima dos 75 anos e pode ocorrer em mais de 1% na população em geral.

Arritmia que pode causar AVC

Até 24 deste mês, novembro, decorre a Semana da Consciencialização para a Fibrilhação Auricular, a arritmia mais frequente. A fibrilhação auricular «reduz a qualidade de vida e aumenta a mortalidade por patologia cardiovascular», alerta Ernesto Carvalho. Por consequência, acrescenta o cardiologista, faz disparar o número de hospitalizações. «Há ainda a salientar ser uma importante causa de acidentes vasculares cerebrais isquémicos – AVC – e pode estar relacionada com problemas de demência e de depressão», elucida o especialista. A sua manifestação clínica «depende da patologia cardíaca subjacente, mas é fundamentalmente a sensação de alteração do ritmo cardíaco, nomeadamente palpitações irregulares.

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Como tratar a arritmia mais comum, a fibrilhação auricular

No diagnóstico de fibrilhação auricular «é importante o registo eletrocardiográfico para documentar o ritmo de fibrilhação auricular, de modo a iniciar um tratamento correto». Este registo pode ser feito «principalmente por um eletrocardiograma em repouso ou por um exame de Holter – registo eletrocardiográfico» em ambulatório. Salienta-se, também, que este tipo de arritmia «progride na maioria das vezes de episódios curtos para períodos mais longos» até à fibrilhação auricular «paroxística persistente». Isto é: permanente. O tratamento deve ter abordagem «integrada, mas o doente tem um papel fundamental» no cumprimento da terapêutica, que consta, essencialmente, na «terapêutica anticoagulante, para poder prevenir a maior parte dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos» – nos doentes com essa indicação.

Anticoagulantes existentes no mercado «são eficazes»

Tratamento «inclui medicamentos antiarrítmicos para controlo da frequência cardíaca», assegura Ernesto Carvalho, cardiologista

«Todos os anticoagulantes existentes no mercado «são eficazes», mas há – adverte Ernesto Carvalho – «uma recomendação nos doentes elegíveis para os novos anticoagulantes orais». Os antiplaquetarios «são inferiores aos anticoagulantes e não são recomendados para a prevenção do AVC» nos doentes com este tipo de arritmia, a fibrilhação auricular. O tratamento «também inclui medicamentos antiarrítmicos para controlo da frequência cardíaca e do ritmo e há ainda a ablação por cateter», que pode ser considerada «terapêutica eficaz para doentes selecionados».

Texto: Luís Martins | WiN

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