Astronautas chineses efectuam passeio espacial mais longo de que há registo no país
Dois astronautas da estação espacial da China realizaram o mais longo passeio espacial na história do programa aeroespacial do país, anunciou hoje a Agência de Missões Espaciais Tripuladas chinesa.
Os astronautas Cai Xuzhe e Song Lingdong trabalharam no exterior da estação espacial na terça-feira (hora local chinesa) sob a supervisão do parceiro, Wang Haoshe, que permaneceu no interior da nave espacial.
Cai e Song estiveram fora da estação durante cerca de nove horas, durante as quais instalaram dispositivos de proteção contra detritos espaciais e realizaram trabalhos de inspeção do equipamento, assistidos pelo braço robótico da estação e por uma equipa de controlo na Terra.
Esta foi a primeira missão exterior da atual tripulação da estação espacial Tiangong, cujo nome significa Palácio celestial, em mandarim.
No entanto, foi a segunda caminhada espacial de Cai, que já integrou a tripulação da estação durante o segundo semestre de 2022.
Song, de 34 anos, tornou-se o primeiro astronauta chinês nascido nos anos de 1990 a efetuar um passeio espacial.
Os três astronautas, que chegaram à estação espacial em outubro a bordo da nave espacial Shenzhou-19, vão realizar uma série de experiências científicas e testes técnicos no espaço durante a missão de seis meses.
A tripulação deverá também efetuar outros trabalhos no exterior da estação durante a estada, acrescentou a agência.
A Shenzhou-19 é a 10.ª nave espacial a visitar a Tiangong, que vai funcionar durante cerca de dez anos e possivelmente a única estação espacial do mundo a partir de 2024, se a Estação Espacial Internacional, uma iniciativa liderada pelos EUA à qual a China está impedida de aceder devido a laços militares do programa espacial, for retirada este ano, como planeado.
A China investiu fortemente no programa espacial e alcançou êxitos como a aterragem da sonda Chang’e 4 no lado mais distante da Lua – a primeira vez que tal foi conseguido – e a colocação de uma sonda em Marte, tornando-se o terceiro país – depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética – a fazê-lo.
JPI // EJ
By Impala News / Lusa
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