Atividade epidémica da gripe mantém tendência decrescente em Portugal

A atividade epidémica da gripe mantém a tendência decrescente em Portugal, com as taxas de incidência de síndrome gripal e de infeção respiratória aguda a baixar para 26,8 por 100 mil habitantes, segundo dados hoje divulgados.

Atividade epidémica da gripe mantém tendência decrescente em Portugal

O boletim de vigilância epidemiológica da gripe do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) aponta “uma diminuição da deteção de casos de infeção pelo vírus da gripe nas últimas três semanas” e um “excesso de mortalidade por todas as causas”. Na semana 19 (09 a 15 de maio), a Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais) detetou 323 casos positivos para o vírus da gripe, todos do tipo A. Em 184 dos casos foi identificado o subtipo A(H3). “Até ao momento, foram detetados 202 casos de co-infeção pelo vírus da gripe e SARS-CoV-2”, refere o relatório. Quanto à gravidade dos casos, o documento aponta que foi reportado um caso de gripe (Influenza A) pelas 18 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação. “A doente tinha 75 anos, não apresentava doença crónica e o seu estado vacinal contra a gripe sazonal é desconhecido”, lê-se no boletim.

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Foram também relatados dois casos de gripe pelas três Enfermarias que enviaram informação, tendo sido identificado o vírus Influenza A(H3N2). “Um doente tinha entre 03-05 anos e outro entre 11-15 anos. Ambos apresentavam doença crónica com indicação para vacinação contra a gripe sazonal, mas não estavam vacinados”, sublinha o INSA. Na semana de 09 a 15 de maio, estimou-se uma taxa de incidência de síndrome gripal (SG) e uma taxa de incidência de infeção respiratória aguda de 26,8 por cada 100.000 habitantes quando na semana anterior situavam-se em 34,6 por 100.000 habitantes. O instituto ressalva que este valor deve ser interpretado tendo em conta “a reorganização do atendimento ao doente respiratório e a menor população sob observação do que a observada em período homólogo de anos anteriores, e que o histórico de taxa de incidência semanal é recalculado, à data de publicação do boletim”.

Na semana de 09 a 15 de maio, estimou-se uma taxa de incidência de síndrome gripal (SG) e uma taxa de incidência de infeção respiratória aguda de 26,8 por cada 100.000 habitantes

Segundo o boletim, foram detetados 188 casos positivos para outros agentes respiratórios. Desde o início da época gripal, foram reportados 29 casos de gripe pelas UCI que colaboram na vigilância, todos por vírus Influenza A, sendo 1 por A(H1N1), 2 por A(H3N2), 1 do subtipo A(H3) e 25 (86,2 %) não subtipados. Verificou-se que 13 (44,8%) doentes tinham mais de 65 anos de idade, 14 (48,3%) entre 15-64 anos e 2 (6,9%) menos de 15 anos, sendo que 21 (72,4%) tinham doença crónica subjacente, com recomendação para vacinação contra a gripe sazonal. Já as Enfermarias reportaram, desde o início da época, 21 casos de gripe. Em todos os casos foi identificado o vírus Influenza A, sendo 17 (81%) por A(H3N2) e 4 (19%) não subtipados. “Todos os casos tinham idade igual ou inferior a 15 anos”, refere o INSA, adiantando que em 11 casos (52,4%) os doentes tinham doença crónica subjacente, dos quais 1 estava vacinado. Na época 2021/2022, os laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe notificaram 113.372 casos de infeção respiratória e foram identificados 7.562 casos de gripe.

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