Aumentam os incêndios na Amazónia. Imagens do espaço mostram a dimensão da área ardida
Há várias semanas que a Amazónia, a maior floresta tropical do mundo e que possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, está a arder. Especialista explica que “todas as queimadas são originadas em atividade humana, seja acidental ou propositada. A culpa não é do clima, ele só cria as condições, mas alguém coloca o fogo”.
Há várias semanas que a Amazónia, a maior floresta tropical do mundo e que possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, está a arder. De acordo com a imprensa brasileira, que cita dados do “Programa de Queimadas” do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o bioma (conjunto de ecossistemas) mais afetado é o da Amazónia, com 51,9% dos casos, seguindo-se o cerrado – ecossistema que cobre um quarto do território do Brasil – com 30,7% dos focos registados no ano.
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Amazónia a arder
O número de incêndios no Brasil cresceu 70% este ano, em comparação com período homólogo de 2018, tendo o país registado 66,9 mil focos até ao passado domingo, com a Amazónia a ser o bioma mais afetado. Segundo o portal de notícias UOL, em números absolutos, Mato Grosso é o estado com mais focos de incêndio registados no Brasil, com 13.109, sendo seguido pelo Pará, com 7.975. No início de agosto, o governo do Amazonas decretou situação de emergência no sul do estado e na Região Metropolitana de Manaus devido ao “impacto negativo da desflorestação ilegal e queimadas não autorizadas”.
O número de focos de incêndio no país já é o maior dos últimos sete anos.
Ao jornal Estadão, o pesquisador Alberto Setzer explicou que o clima em 2019 está mais seco do que no ano passado, o que propicia incêndios, mas garante que grande parte deles não têm origem natural. “Nesta época do ano não há fogo natural. Todas essas queimadas são originadas em atividade humana, seja acidental ou propositada. A culpa não é do clima, ele só cria as condições, mas alguém coloca o fogo”, afirmou Setzer. A expetativa do especialista é que a situação piore nas próximas semanas com a intensificação da seca.
O Inpe, órgão do Governo brasileiro que levanta os dados sobre a desflorestação e queimadas no país, foi alvo de críticas recentes por parte do Presidente Jair Bolsonaro, que acusou o Instituto de estar a serviço de algumas organizações não-governamentais por divulgar dados que apontam para o aumento da desflorestação da Amazónia.
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