Brasil. Sarampo mata quatro pessoas em três meses
Quatro pessoas morreram devido a sarampo e 2.753 casos da doença foram confirmados nos últimos três meses no Brasil, informa hoje um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde do país.
Quatro pessoas morreram devido a sarampo e 2.753 casos da doença foram confirmados nos últimos três meses no Brasil, informa hoje um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde do país. Três das quatro mortes ocorreram no Estado brasileiro de São Paulo, o mais afetado pelo recente surto de sarampo no Brasil, e onde 98% dos casos estão concentrados, enquanto uma morte foi confirmada no Estado de Pernambuco.
Segundo o Governo brasileiro, entre os dias 09 de junho e 31 de agosto, 2.753 casos de sarampo foram confirmados, enquanto outros 15.430 casos suspeitos ainda estão a ser investigados, valor que indica um aumento de 18% no número de infeções registadas face ao último boletim divulgado, em 28 de agosto. Este boletim compreendia o período entre 19 de maio e 19 de agosto.
No ano passado, ocorreram 12 mortes no Brasil por sarampo e 10.274 casos da doença foram confirmados em dois surtos registados nos estados do Amazonas e Roraima, onde a doença foi reintroduzida por imigrantes e refugiados venezuelanos.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, explicou que os casos identificados nos últimos meses no país correspondem a uma nova cadeia da doença, que não está relacionada ao surto no norte do país.
O Brasil conseguiu interromper a circulação do sarampo no início do ano, mas casos importados de Israel, Malta e Noruega iniciaram uma nova cadeia de transmissão do vírus.
Assim, segundo o Ministério da Saúde, apenas os casos registados desde junho são considerados casos de “transmissão ativa”.
O Governo brasileiro informou que enviou 1,6 milhões de doses extras de vacinas contra o sarampo aos estados mais vulneráveis e anunciou a compra de 28,7 milhões de doses adicionais.
O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas e pode evoluir gravemente, sendo a vacinação a principal medida de prevenção.
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