Cachalote morre encalhado nos corais na praia timorense de Ulmera

Um cachalote com cerca de 13 metros de comprimento morreu na praia de Ulmera, no município timorense de Liquiça, depois de ter ficado quinta-feira encalhado nos corais, a cerca de 200 metros da costa.

Cachalote morre encalhado nos corais na praia timorense de Ulmera

“A baleia apareceu aqui anteontem. Não é normal, caiu dentro do coral”, disse hoje à Lusa Joaquim Araújo dos Santos, num barco que levava os curiosos a ver de perto o animal.

“Não é altura de passar baleias, é a primeira vez”, continuou Joaquim Araújo Santos, referindo-se ao facto de o animal ter ficado preso na zona de coral e já não ter conseguido sair também porque a maré baixou.

As baleias e os golfinhos podem ser avistados durante todo o ano em Timor-Leste, com o ponto alto de visualizações a acontecer entre outubro e dezembro.

Naquela altura, no estreito de Wetar, que separa Díli da ilha de Ataúro, pode ser vista uma grande diversidade de baleias em rota migratória entre os oceanos Pacífico e Índico, incluindo a baleia-azul e o cachalote.

Junto à baleia, vários pescadores timorenses tentavam cortar o animal para aproveitar a carne para comer e vender, mas, sem grande sucesso, porque, segundo Araújo dos Santos, “não se consegue cortar uma baleia com facas”.

Contactado por telefone pela Lusa, o comandante da Unidade de Polícia Marítima timorense, Eugénio Pereira, disse que se deslocaram quinta-feira a Ulmera para observar diretamente a baleia, mas não têm forma de a retirar do local.

O comandante explicou também que já falou com as entidades responsáveis pelo setor das pescas e do meio ambiente para definirem como a baleia pode ser removida e enterrada.

Eugénio Pereira manifestou preocupação com o facto de os pescadores estarem a aproveitar a carne para consumo, alertando que pode representar um risco para a saúde.

MSE/DPYF // CAD

By Impala News / Lusa

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