Cantora Ana Lua Caiano atua hoje no festival Roskilde na Dinamarca

A cantora e multi-instrumentista portuguesa Ana Lua Caiano atua hoje no festival Roskilde, na Dinamarca, que se realiza anualmente desde 1971 e cuja edição deste ano começou em 29 de junho e termina no sábado.

Cantora Ana Lua Caiano atua hoje no festival Roskilde na Dinamarca

Hoje no festival, além de Ana Lua Caiano, atuam também, entre outros, a cantora Erika de Casier, nascida em Portugal e radicada na Dinamarca, Blondshell, Belle and Sebastian, Khruangbin, Skrilexx e 21 Savage.

Ana Lua Caiano editou o álbum de estreia, “Vou ficar neste quadrado”, em março deste ano pela alemã Glitterbeat. O disco sucedeu aos EP “Cheguei tarde a ontem” (2022) e “Se dançar é só depois” (2023), nos quais Ana Lua Caiano já era autora das letras e composições, cantava, tocava e produzia.

Nos EP, sentiu que ainda não tinha “autonomia suficiente” nem sabia “o suficiente para conseguir finalizar” os trabalhos e, por isso, contou com ajuda na parte da produção, recordou em entrevista à Lusa em março.

No álbum de estreia, já tratou de tudo sozinha, e a única pessoa com quem colaborou foi o músico Elly Janoville, e apenas porque não sabe tocar flauta.

Ana Lua Caiano espera que o que cria, usando instrumentos tradicionais como o adufe, o tambor ou o brinquinho da madeira, mas também caixas de ritmos, teclado, sintetizadores ou ‘loop stations’, “faça pensar, refletir sobre alguma coisa”.

“Falo muito sobre a realidade e sobre problemas do quotidiano, não de realidades imaginadas. Não é autobiográfico, mas são coisas que me preocupam e que eu ouço, é um bocadinho o espelho de algumas preocupações que vou vendo”, disse.

Para Erika de Casier, que nasceu em Portugal em 1999, filha de pai cabo-verdiano e mãe belga, onde viveu até aos 10 anos, até se radicar na Dinamarca, esta será a segunda atuação no Roskilde.

A primeira aconteceu em 2022, ano em que editou “Sensational”, o seu segundo álbum, mas o primeiro pela editora britânica 4AD, casa que já lançou nomes como Cocteau Twins, Dead Can Dance, Red House Painters, Grimes, The National e Future Islands.

Antes de seguir caminho em nome próprio e lançar o álbum “Essentials” (2019), em edição independente, Erika de Casier fez parte do coletivo dinamarquês de música eletrónica Regelbau e do projeto Saint Cava, com Andreas Vasengaard.

Este ano editou um novo álbum, “Stills”.

O cartaz deste ano do festival Roskilde inclui artistas e bandas como Foo Fighters, Sza, Doja Cat, Jane’s Addiction, Jungle, PJ Harvey, Jessie Ware, Kim Gordon, Marina Sena e Romy (dos The XX).

JRS (SS) // MAG

By Impala News / Lusa

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