Casos confirmados de varíola dos macacos em Portugal aumentam para 153
Portugal registou mais 10 casos de infeção pelo vírus varíola dos macacos, totalizando até agora 153 situações de homens infetados que se encontram clinicamente estáveis, confirmou hoje a Direção-Geral da Saúde.
Em comunicado, a autoridade nacional de saúde avança que a maioria das infeções confirmadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) foram notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, existindo também registos de casos nas regiões Norte e Algarve. “Todas as infeções – com a varíola dos macacos – confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos”, diz ainda a DGS, ao assegurar que os casos identificados se “mantêm em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis”.
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De acordo com a direção-geral da Saúde, a informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional. Segundo anunciou no domingo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um total de 780 casos infeção pelo vírus Monkeypox confirmados em laboratório foram registados em 27 países onde a doença não é endémica, um número que a organização admite estar “provavelmente subestimado”.
O Monkeypox, da família do vírus que causa a varíola, é transmitido de pessoa para pessoa por contacto próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.
Recentemente, a DGS publicou uma orientação que define a abordagem clínica e epidemiológica dos casos de infeção humana por vírus Monkeypox, prevendo que as situações suspeitas sejam referenciadas rapidamente para observação médica e que os contactos assintomáticos podem continuar a manter as suas rotinas diárias, não necessitando de isolamento.
Esta é a primeira vez que um surto do vírus VMPX é detetado em Portugal, num contexto de ocorrência de casos a serem reportados por vários países desde o início de maio. O período de incubação varia entre cinco e os 21 dias, sendo em média de seis a 16 dias e os sintomas iniciam-se com febre, cefaleia, astenia, mialgia ou adenomegalias, aos quais se segue o aparecimento do exantema (erupção cutânea).
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