Centenas de russos pró-Kremlin manifestam-se contra encerramento de canais no Youtube
Moscovo, 19 jul 2024 (Lusa) — Centenas de pessoas juntaram-se hoje em frente à embaixada dos EUA em Moscovo para protestar contra o bloqueio do Youtube a alguns canais russos no ‘site’ de vídeos norte-americano, noticiou a agência Ria Novosti.Uma bandeira russa foi projetada nas paredes da embaixada pelos manifestantes, entre os quais se encontrava […]
Moscovo, 19 jul 2024 (Lusa) — Centenas de pessoas juntaram-se hoje em frente à embaixada dos EUA em Moscovo para protestar contra o bloqueio do Youtube a alguns canais russos no ‘site’ de vídeos norte-americano, noticiou a agência Ria Novosti.
Uma bandeira russa foi projetada nas paredes da embaixada pelos manifestantes, entre os quais se encontrava o cantor pró-Kremlin Shaman.
Segundo a Ria Novosti, o sistema de som dos manifestantes tocou várias músicas, entre as quais “Sou russo”, de Shaman, a nova estrela dos grandes concertos “patrióticos” organizados pelo Kremlin para exaltar a “grandeza” da Rússia em plena guerra com a Ucrânia.
As manifestações em Moscovo estão quase todas proibidas — exceto as organizadas pelo próprio Kremlin, particularmente para criticar o Ocidente — devido à pandemia de covid-19, oficialmente ainda ativa, num contexto de repressão crescente dos dissidentes.
Na Rússia, as pessoas que participam em manifestações não autorizadas pelas autoridades incorrem em pesadas penas.
Na terça-feira, a Rússia pediu à Google que desbloqueasse um total de mais de 200 canais russos no Youtube, suspensos por alegadamente divulgarem “propaganda” do Kremlin.
O Governo russo reforçou consideravelmente o seu controlo sobre a internet desde o início do ataque à Ucrânia, em fevereiro de 2022, e proibiu uma série de sites onde os críticos do Kremlin podiam expressar-se livremente, como o Facebook ou o Instagram.
O Youtube nunca foi bloqueado, mas os rumores sobre a sua proibição são frequentes, especialmente desde que, em março de 2022, a autoridade Roskomnadzor acusou o Google e o Youtube de atividades “terroristas”.
SYL // NS
By Impala News / Lusa
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