China bloqueia entradas e saídas numa segunda cidade para conter propagação
As autoridades chinesas proibiram hoje entradas e saídas de uma segunda cidade chinesa, visando conter a epidemia de um novo tipo de coronavírus originário na cidade vizinha de Wuhan.
As autoridades chinesas proibiram hoje entradas e saídas de uma segunda cidade chinesa, visando conter a epidemia de um novo tipo de coronavírus originário na cidade vizinha de Wuhan. As ligações ferroviárias a Huanggang, cidade com 7,5 milhões de pessoas, e situada a 70 quilómetros a leste de Wuhan, ficam interrompidas por período indeterminado, informaram as autoridades locais.
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O Governo chinês tinha já hoje anunciado a suspensão de todos os voos e viagens de comboio de e para Wuhan, onde o vírus foi inicialmente reportado, no mês passado.
As autoridades consideram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus. Há 571 pessoas infetadas só no território continental chinês e foram já detetados casos no Japão, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Estados Unidos e Macau.
Ficou ainda comprovado que o vírus se transmite sobretudo através das vias respiratórias.
“Já há casos de transmissão e infeção entre seres humanos e funcionários de saúde infetados”, disse Li Bin, vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, em conferência de imprensa. “As evidências demonstram que a doença foi transmitida por via respiratória e existe a possibilidade de uma mutação do vírus”, detalhou.
Há pelo menos 15 médicos em Wuhan infetados depois de terem estado em contacto com pacientes. Os serviços de saúde chineses estão a acompanhar 5.897 pessoas que mantiveram contacto próximo com os pacientes infetados.
O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) esteve reunida em Genebra, na Suíça, para analisar a hipótese de se declarar emergência de saúde pública internacional e determinar que recomendações serão feitas para controlar o coronavírus. Mas decidiu não fazer essa declaração e esperar para observar a evolução do vírus.
Os casos alimentam receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As autoridades disseram que ainda é cedo para comparar o novo vírus com o SARS ou o MERS, ou síndrome respiratória do Médio Oriente, em termos da sua capacidade letal.
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