Chuvas fazem transbordar rio, matando sete pessoas no sudoeste da China

No verão passado, inundações na província central de Henan, causadas por chuvas de intensidade inédita em décadas, submergiram bairros inteiros e estações do metro, causando mais de 300 mortes

Chuvas fazem transbordar rio, matando sete pessoas no sudoeste da China

Sete pessoas morreram num popular destino turístico no sudoeste da China, após terem sido arrastadas pela corrente de um rio cujas águas aumentaram repentinamente devido a fortes chuvas, anunciaram hoje as autoridades. Por volta das 14h40 (07h40 em Lisboa) de sábado, funcionários públicos e voluntários mobilizaram-se para pedir às pessoas que abandonassem a área, disse o departamento de gestão de emergências da cidade de Pengzhou, após receber um aviso de chuva forte iminente. Em vídeos publicados nas redes sociais, podem ser vistas pessoas em fuga. No entanto, algumas foram arrastadas quando a torrente chegou, cerca de 50 minutos depois, às 15h30 (08h30 em Lisboa).

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Segundo a Rádio Nacional da China, um homem presente no local disse que várias pessoas foram levadas, incluindo algumas crianças, quando o fluxo de água no curso inferior do rio aumentou repentinamente, em apenas 10 a 20 segundos. O governo da cidade de Chengdu disse no domingo que sete pessoas morreram e outras três foram hospitalizadas com ferimentos leves. Pengzhou é um ponto turístico situado a cerca de 70 quilómetros a norte de Chengdu, capital da província de Sichuan. Um vídeo também publicado nas redes sociais mostra um helicóptero a salvar uma pessoa presa numa rocha, pairando um pouco acima da água e abrindo a porta para que a pessoa pudesse entrar.

Em vídeos publicados nas redes sociais, podem ser vistas pessoas em fuga

No início do verão, a China foi cenário de inundações e chuvas incessantes. A partir do final de junho, inundações deixaram dezenas de mortos e mais de um milhão de desalojados, nomeadamente nas províncias de Sichuan, Hunan (centro-sul) e Gansu (noroeste). Em julho, seguiu-se uma onda de calor que levou a que várias cidades fossem colocadas em alerta vermelho, com dezenas de milhões de pessoas aconselhadas a manter-se em casa. Song Lianchun, meteorologista do Centro Meteorológico Nacional, afirmou em julho: “Não podemos dizer que um evento climático extremo seja causado diretamente pelas alterações climáticas, mas, a longo prazo, o aquecimento global causa um aumento na intensidade e na frequência de tais eventos”.

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