Clima | Algarve continua em seca extrema, mas o resto do continente melhora
Portugal continental registou, em novembro, um desagravamento da seca meteorológica, mas o sotavento algarvio mantém-se em situação de seca extrema. Se a situação se mantiver, e começar a faltar água nas barragens, evolui para seca hidrológica.
Portugal continental registou, em novembro, um desagravamento da seca meteorológica – com maior destaque para grande parte da região do Norte e Centro – mas o sotavento algarvio manteve-se em situação de seca extrema, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Nas regiões a sul do Tejo, a situação foi de seca moderada a severa, sendo de destacar o sotavento algarvio que continuava em seca extrema.
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Se a situação se mantiver, e começar a faltar água nas barragens, evolui para seca hidrológica
Se a situação se mantiver, e começar a faltar água nas barragens, evolui para seca hidrológica. Existe também a seca socioeconómica, que é considerada quando já tem impacto na população. Além do índice de seca, o resumo do Boletim Climatológico do IPMA, indica também que o mês de novembro foi frio em relação à temperatura do ar e chuvoso quanto à precipitação.
De acordo com o instituto, durante o mês verificou-se uma grande variabilidade dos valores da temperatura do ar (mínima, média e máxima). Entre os dias 1 e 5 de novembro, os valores da temperatura do ar foram superiores ao valor normal, em particular a mínima (8,9 graus Celsius). De 08 a 24 de novembro os valores da temperatura média do ar foram inferiores ao normal e entre os dias 25 e 30 superiores ao normal.
O IPMA destaca também que no final do mês de novembro verificou-se um aumento dos valores de percentagem de água no solo, em relação ao final de outubro em todo o território, destacando-se a região do Alto Alentejo com valores de precipitação superiores a 40%. No entanto, no Baixo Alentejo e Algarve os valores de precipitação registados foram abaixo dos 40%.
Instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca
O relatório indica que, a 30 de novembro, 24,5% do continente estava em seca fraca, 23,8% em chuva fraca, 23,3% em seca moderada, 10,9% em seca severa, 9,4 normal, 7,5% em chuva moderada e 0,6% em seca extrema. O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica. A seca meteorológica está diretamente ligada ao défice de precipitação, quando ocorre precipitação abaixo do que é normal. Depois, à medida que o défice vai aumentando ao longo de dois, três meses, passa para uma seca agrícola, porque começa a haver deficiências ao nível da água no solo.
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