Maria Malveiro e Mariana Fonseca estão hoje a ser julgadas no Tribunal de Portimão. Ex namoradas, estão acusadas de matar e desmembrar Diogo Gonçalves, de 21 anos, para lhe ficarem com a herança.

Mariana Fonseca, enfermeira de 24 anos quer prestar declarações no julgamento. Já Maria, segurança no mesmo hotel onde trabalhava Diogo, preferiu o silêncio.

A pedido de Mariana, Maria saiu da sala para que esta prestasse declarações. Disse não se sentir à vontade.

Quero pedir perdão por todos os atos. Se pudesse voltar atrás, teria feito muitas cosias diferente. Não estava a pensar com razão. Fui movida pela emoção. Não sou culpada da morte”, começou por dizer a jovem, citada pelo Observador.

Mariana disse que o plano não era matar e que foi Maria quem fez tudo.

Disse em tribunal que foram a casa de Diogo para Maria lhe pôr umas colunas no carro e, lá chegadas, Maria entrou e Mariana terá ficado no carro. Disse ainda que só três horas depois é que Maria saiu e chamou a companheira. “Acenou-me para sair. Pareceu-me que estava aflita e disse que precisava da minha ajuda. Entrei na moradia. Disse-me para esperar e, quando entrei, ele [Diogo Gonçalves] estava inconsciente no chão. Estava em cima de uma cadeira partida, amarrado com abraçadeiras”, relata, frisando que não sabia o que se passara.

Mariana explica que reanimou o jovem e que aí Maria lhe pediu que fosse para o quarto ao lado.

Não assisti a nada. Só ouvi. Ouvi sons de coisas a arrastar, da cadeira a partir. Quando os sons terminaram, ela veio ter comigo e perguntou-me se estava bem. Estava assustada e fui em direção da sala: ele estava a ficar pálido, cheio de marcas no pescoço“, disse ainda.

Relatou ainda como a namorada enrolou o corpo em plásticos e cortou os dedos ao jovem e que ao ver, não teve reação. Sobre o desmembramento, diz que não estava presente e nem sabe onde foi feito mas que foi com Maria deixar os sacos com partes do corpo em vários locais.

Maria Malveiro defendida por advogada de Rosa Grilo

A sessão começou esta manhã em Portimão com atraso e já depois de começar, revela o Observador, o tribunal esteve a decidir sobre dois requerimentos da advogada Tânia Reis, representante da segurança.

Tânia Reis pediu a presença, a seu lado, do consultar forense João de Sousa – o ex inspetor que encontrou o projétil em casa de Rosa Grilo. 

O pedido foi indeferido pelas juízas Antonieta Nascimento, Patrícia Ávila e Maria Stella Chan.

Maria e Mariana arriscam 25 anos de prisão.