Grande Barreira de Coral da Austrália sofreu “colapso catastrófico”
A revista Nature revela que um terço dos corais de superfície morreu em 2016 devido ao aumento das temperaturas, o que representa uma ameaça à diversidade da vida marinha.
A Grande Barreira de Coral da Austrália, património mundial da UNESCO, sofreu um «colapso catastrófico» de corais durante uma vaga de calor em 2016, «uma ameaça à diversidade da vida marinha», revelou hoje um estudo da revista Nature.
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De acordo com a publicação, um terço dos corais de superfície da Grande Barreira morreu em 2016 devido ao aumento das temperaturas.
Património Mundial da UNESCO desde 1981, a Grande Barreira de Coral estende-se ao longo de cerca de 2.400 quilómetros, na costa Leste da Austrália, e é o maior complexo de recifes de coral do mundo.
O estudo refere que os «recifes de coral representam menos de 1% do ambiente marinho da Terra, mas abrigam cerca de 25% da vida marinha».
«A morte destes corais causou mudanças radicais na mistura de espécies em centenas de recifes individuais», explicou à agência AFP um dos autores do estudo, Andrew Baird.
A perda total de corais tem um impacto sobre as criaturas que dependem dela para alimentação
A mudança na mistura de espécies e a perda total de corais «tem um impacto sobre todas as criaturas que dependem dos corais para alimentação e habitat», sublinhou o co-autor Terry Hughes.
O estudo apela à proteção dos corais sobreviventes, estimados em cerca de mil milhões, dependentes agora da «melhoria da qualidade da água e pela redução da poluição costeira».
Se não se limitar a subida da temperatura entre 1,5 graus Celsius e dois graus Celsius – estabelecido no Acordo de Paris -, «a Grande Barreira de Coral corre mesmo o risco de desaparecer», concluíram os cientistas.
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