Coronavírus | Foi o pangolim que infectou os humanos?

Um novo estudo sobre o coronavírus dá conta de outro animal para além do morcego

Coronavírus | Foi o pangolim que infectou os humanos?

Investigadores da Universidade de Agricultura do Sul da China identificaram o pangolim como o “possível hospedeiro intermediário” que facilitou a transmissão do vírus.  Embora a maioria dos analistas aponte o morcego com fonte do vírus, segundo este estudo, os genomas do novo coronavírus são 96% iguais aos que circulam no organismo daquele animal.

O pangolim poderia ter funcionado como “hospedeiro intermediário” entre o morcego e os seres humanos, segundo o novo estudo que testou mais de 1000 amostras de animais selvagens. Concluiu ainda que os vírus detetados nos pangolins são 99% idênticos aos encontrados em pacientes humanos.

O pangolim é um mamífero coberto de escamas, alimenta-se de formigas e habita em vários países da Ásia, desde a China até à Indonésia, assim como em África — desde a Guiné até à África do Sul.

O pangolim, do tamanho de um golden retrıever, está em vias de extinção. As escamas deste animal, que contém queratina, são utilizadas na medicina tradicional asiática para todo o tipo de remédios e com a redução das populações do mamífero na Ásia, cada vez mais se exporta o pangolim proveniente de África para os mercados asiáticos. Entre 2000 e 2016, um milhão de pangolins foram vítimas do comércio ilegal, sendo o animal mais traficado do mundo.

Para uma tonelada de escamas é preciso matar-se aproximadamente 1.800 pangolins e estima-se que apenas no ano de 2017, cerca de 68 toneladas foram exportadas ilegalmente desde África.

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Texto: Marta Amorim | Fotos: DR

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