Costa diz que poder de mobilização de Francisco George é garantia para Cruz Vermelha
O primeiro-ministro considerou que a escolha de Francisco George assegura a capacidade de mobilização de um voluntariado que considerou «precioso»
O primeiro-ministro considerou hoje que a escolha de Francisco George para presidente da Cruz Vermelha Portuguesa assegura a esta instituição capacidade de mobilização de um voluntariado que considerou “precioso” em casos de socorro perante calamidades naturais.
António Costa falava no final da cerimónia de posse do ex-diretor Geral da Saúde Francisco George como presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, cargo que foi ocupado nos últimos 12 anos pelo antigo ministro democrata-cristão Luís Barbosa.
Numa cerimónia em que estiveram presentes os ministros da Defesa, Azeredo Lopes, da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e da Segurança Social e Solidariedade, Vieira da Silva, assim como o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, António Costa fez um breve discurso em que elogiou tanto o presidente cessante da Cruz Vermelha Portuguesa, como o novo responsável máximo da instituição.
António Costa considerou que a escolha de Francisco George é uma garantia de “capacidade de mobilização” da Cruz Vermelha Portuguesa, dando como “prova disso mesmo” os 12 anos em que exerceu o cargo de diretor-geral da Saúde.
“É um motivo de orgulho para todos os portugueses ver como o Conselho Supremo desta instituição designou para a sua presidência, por unanimidade – e o Governo aceitou -, alguém que fez toda a sua carreira na administração pública portuguesa”, referiu António Costa.
O primeiro-ministro considerou depois que “Francisco George tornou-se uma visita de casa de todos os cidadãos, porque conseguiu de forma extraordinária mobilizar o conjunto dos cidadãos portugueses para a promoção e qualidade da saúde”.
António Costa apontou então como exemplo a iniciativa de Francisco George de proibir o fumo em espaços fechados públicos.
“Era uma lei que há dez anos se pensava impossível de executar, já que se julgava que iria ter elevadas taxas de incumprimento. Mas a força da pedagogia e a forma como Francisco George se bateu tornaram a aplicação da lei um caos de sucesso”, sustentou.
Para António Costa, a capacidade de mobilização de Francisco George será determinante para a Cruz Vermelha Portuguesa, sobretudo para os muitos voluntários da instituição.
“Tenho a certeza de que esta instituição está em boas mãos”, disse, antes de advertir que “hoje todos somos poucos para fazer face às ameaças”.
“Estamos confrontados com as ameaças do terrorismo, dos acidentes industriais e das calamidades naturais, que, infelizmente, não tendem a diminuir fruto das alterações climáticas”, disse.
No caso da Proteção Civil, António Costa sustentou que “um dos eixos fundamentais é o da segmentação, da profissionalização e qualificação dos diferentes agentes”.
“Ora, o trabalho da Cruz Vermelha Portuguesa é em todas essas dimensões, porque voluntariado implica qualificação. É uma ajuda preciosa para todas as ocorrências que venham a existir”, declarou.
Em relação ao presidente cessante Luís Barbosa, o líder do executivo elogiou o trabalho feito por ele quando fez parte da equipa da administração da Expo 98 – entidade que António Costa na altura tutelava enquanto ministro dos Assuntos Parlamentares do primeiro executivo liderado por António Guterres.
“Esperei 20 anos por esta oportunidade de lhe agradecer a forma inexcedível da colaboração que prestou. Uma colaboração não só no projeto da Expo 98, como, sobretudo, no projeto pós-Expo 98, que hoje é uma evidência para todos, mas que na altura era uma angústia para muitos, em particular para quem tinha a sua tutela, que era eu próprio”, disse António Costa.
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