Covid-19: Bruxelas diz que fechar fronteiras «não é melhor forma para conter surto»
Países como Alemanha, República Checa, Chipre, Dinamarca, Letónia, Lituânia, Polónia e Eslováquia já anunciaram que iriam fechar as fronteiras.
A Comissão Europeia alertou esta segunda-feira que o encerramento de fronteiras, já adotado em alguns países da União Europeia (UE), “não é a melhor forma” de conter a propagação do Covid-19, por afetar a distribuição de equipamentos médicos e bens.
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“A posição da Comissão, com base na informação que temos, é que o vírus já está presente em todos os Estados-membros e, por isso, fechar fronteiras não é necessariamente a melhor forma de assegurar que vamos conter a propagação do surto na UE”, declarou o porta-voz do executivo comunitário Eric Mamer.
Vários países já anunciaram o fecho de fronteiras
Falando na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas, o porta-voz observou que “a questão não é a visão [da Comissão] sobre essas políticas, é como é que se assegura que, tendo em conta as medidas anunciadas por um largo número de Estados-membros, se continuam a atingir objetivos como […] garantir que os hospitais, os pacientes e os sistemas de saúde recebem o apoio necessário e que os bens continuam a fluir no mercado”.
“Ao mesmo tempo, reconhecemos que os Estados-membros têm vindo a atuar consoante a informação de que dispõem e a fazer o que consideram ser necessário no contexto das suas responsabilidades para melhor proteger a saúde dos seus cidadãos”, adiantou Eric Mamer.
Países como Alemanha, República Checa, Chipre, Dinamarca, Letónia, Lituânia, Polónia e Eslováquia já anunciaram que iriam fechar as fronteiras para tentar conter o surto de Covid-19, isto apesar de a UE, e nomeadamente no âmbito do acordo para o Espaço Schengen, prever uma livre circulação de pessoas e bens.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou hoje que os chefes de Estado e de Governo da UE vão voltar a reunir-se, por videoconferência, na terça-feira, para continuar a discutir a resposta ao surto de Covid-19, anunciou hoje.
E ainda hoje realizam-se, por videoconferência, uma reunião de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), alargada aos países que não têm a moeda única, centrada na resposta económica ao surto, que ameaça mergulhar a Europa na recessão, e também dos ministros do Interior e da Saúde dos 27, mais focada na gestão das fronteiras.
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