Faculdade de Medicina do Porto estuda lesão cardíaca associada à covid-19

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto anunciou hoje que está a desenvolver um projeto que visa esclarecer de que forma é que o novo coronavírus influencia a função cardíaca nos casos mais graves da doença.

Faculdade de Medicina do Porto estuda lesão cardíaca associada à covid-19

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto anunciou hoje que está a desenvolver um projeto que visa esclarecer de que forma é que o novo coronavírus influencia a função cardíaca nos casos mais graves da doença.

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«Queremos perceber se o vírus infeta o tecido cardíaco»

Para obter novas respostas no combate à pandemia, os investigadores e docentes da Faculdade de Medicina da U.Porto irão estudar e acompanhar um grupo de doentes internados na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) por um período aproximado de três meses.

“Queremos perceber se o vírus infeta o tecido cardíaco e como é que o coração é atingido pela ativação inflamatória sistémica exagerada”, explica o investigador Francisco Vasques-Nóvoa.

Além da resposta a estas duas questões, o grupo de investigadores espera também identificar quais os fatores de suscetibilidade que contribuem para o desenvolvimento da disfunção cardíaca em resposta à covid-19.

Segundo o coordenador do projeto, Roberto Roncon de Albuquerque, a lesão de tecido cardíaco é frequente em doentes infetados.

No entanto, “os mecanismos, a abordagem diagnóstica e um possível tratamento permanecem amplamente desconhecidos”, sublinha, em comunicado.

Com um financiamento de 30 mil euros, este é um dos 66 projetos que será apoiado pela linha de apoio à investigação e desenvolvimento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), criada com o objetivo de melhorar a resposta do Serviço Nacional de Saúde no combate à pandemia.

A par da FMUP, o estudo “Myocardial Injury in COVID-19: a Prospective Clinical and Mechanistic Study” conta com a colaboração do CHUSJ, da Universidade de Maastricht (Países Baixos) e do Laboratório Europeu de Biologia Molecular.

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