Covid-19: Farmácias reforçam ‘stocks’ e alargam horário para testes
As farmácias preparam-se para uma maior procura por testes para deteção de covid-19 nos próximos dias, aumentando os ‘stocks’ e alargando horários para a testagem, sujeita a marcação prévia.
As farmácias preparam-se para uma maior procura por testes para deteção de covid-19 nos próximos dias, aumentando os ‘stocks’ e alargando horários para a testagem, sujeita a marcação prévia. “Espera-se uma muito maior afluência da parte dos utentes e as medidas que estou a preparar é aumentar os ‘stocks’ de autotestes, que já começam a esgotar, a escassear muitos deles, e de testes profissionais covid, que fazemos cá”, disse à agência Lusa Cláudia Barroso, diretora técnica da Farmácia Alegria, em Lisboa.
Na sequência do anúncio feito na quinta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, sobre a intensificação das medidas de proteção contra a covid-19, a farmácia que dirige começou logo pela manhã a receber mais pedidos para testagem. “Também temos acordo com um laboratório, fazemos testes PCR e hoje já temos marcações e portanto, tudo o que é ‘stocks’ que tenham a ver com testes antigénio, testes PCR, material de EPIS (proteção individual), estou a aumentar o ‘stock’, porque a procura vai aumentar”, declarou.
Os testes são feitos mediante marcação para que o utente não precise de esperar: “Normalmente à hora marcada é atendido. Em 15 minutos tem o resultado e vai embora”. Hoje houve “muito mais pessoas” a procurar o teste, também pela proximidade do fim de semana, observou a farmacêutica, referindo que os dias de maior procura são quinta-feira, sexta-feira e sábado. O volume de pedidos começou a intensificar-se desde a semana passada. Na Farmácia Alegria, o telefone não para, garante a diretora.
Catarina Cavaco foi uma das clientes que se dirigiu hoje à farmácia para marcar mais um teste, antes de assistir um concerto na sexta-feira. À reportagem da Lusa contou que já fez vários testes porque usa os transportes públicos. “De vez em quando venho aqui fazer (…) para tentar controlar a coisa”, disse.
Na Farmácia Colombo, Lisboa, a diretora técnica, Susana Mata, constatou igualmente um aumento da procura para a marcação dos testes covid, tanto antigénio, como PCR. A farmácia vai alargar o período em que efetua os testes. O agendamento pode ser feito no local ou através de uma plataforma ‘online’ (safe ‘check-in’).
Hoje de manhã já se verificou “um ligeiro aumento” da procura. “Acho que a partir de agora se vai notar ainda mais, as medidas só saíram ontem, já notamos um pouco, mas contamos que vai haver um grande aumento na procura”, antecipou. “Temos testes suficientes, preparámo-nos, já estávamos à espera que isto acontecesse, já estávamos preparados, portanto estamos preparados para o aumento que vai acontecer”, assegurou.
Os principais motivos para a realização dos testes neste momento são as viagens, os jantares, as reuniões de família e as idas ao futebol, contou a responsável pela farmácia situada nas imediações do Estádio da Luz. O novo horário ficará hoje definido, por forma a assegurar a realização de 50 a 100 testes por dia. Entre os utentes da farmácia, hoje de manhã, houve quem se deslocasse à loja para comprar testes para fazer em casa e também para a vacina da gripe. Maria Semedo já fez vários testes em casa que adquiriu na farmácia. Hoje foi a vez da vacina da gripe.
Na quinta-feira fez um teste em casa, depois de a filha ter obtido um resultado inconclusivo. “Fiz o teste rápido, deu negativo e depois ela foi fazer à farmácia e deu negativo também”, afirmou. Na fila para comprar dois testes para fazer em casa, Beatriz Félix, não foi ainda vacinada por ter sido sujeita a uma cirurgia. “Para me dirigir a certos locais é preciso testes ou certificados. É por isso que compro”. Já fez vários testes: “De cada que preciso de sair, como ir a restaurantes, tenho de levar testes, como não fui vacinada, não tenho certificado”, assumiu a jovem, para quem a testagem se tornou uma rotina.
João Cristóvão, oriundo de Angola, está em Lisboa em tratamento médico, onde chegou vacinado e testado. Hoje deslocou-se à farmácia para outras aquisições, mas no próximo mês irá realizar a testagem antes do voo de regresso a casa. Previamente, levará a terceira dose da vacina. “O motivo que me leva a fazer o teste é para prevenir-me desta doença”, indicou, antes de ser atendido.
O primeiro-ministro anunciou na quinta-feira que o acesso a lares, estabelecimentos de saúde e grandes eventos culturais ou desportivos passa a exigir a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, mesmo para pessoas vacinadas contra a covid-19.
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