Ministra manda hospitais de Lisboa e Vale do Tejo suspender atividade não urgente

Os hospitais públicos de Lisboa e Vale do Tejo com orientações do Ministério da Saúde para suspender atividade não urgente e elevar planos de contingência devido ao aumento de casos.

Ministra manda hospitais de Lisboa e Vale do Tejo suspender atividade não urgente

Os hospitais públicos da região de Lisboa e Vale do Tejo receberam hoje orientações do Ministério da Saúde para suspender a atividade não urgente e elevar os seus planos de contingência devido ao agravamento da situação epidemiológica.

A medida foi tomada na sequência da recomendação da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a Covid-19 (CARNMI) numa reunião de trabalho na terça-feira para “análise da situação epidemiológica regional e da ocupação de camas na Região de LVT”, adianta o Ministério da Saúde (MS) numa resposta à agência Lusa.

“Considerou-se necessário que os hospitais da região escalassem os seus planos de contingência para dar resposta a necessidades de internamento decorrentes de uma procura potencialmente crescente”, sublinha.

Segundo o Ministério, “o que se pretende é assegurar que, sendo necessário, existe aumento da capacidade de resposta ao doente crítico”.

O Ministério da Saúde lembra que estas orientações já tinham sido dadas em outras fases da pandemia, mas, neste caso, são dirigidas especialmente à Região de Lisboa e Vale do Tejo.

O MS lembra que um despacho de 06 de novembro de 2020 referia que “face ao atual crescimento da incidência da COVID -19, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) garantem a ativação do nível dos planos de contingência institucionais, previamente aprovados, que assegure a resposta às necessidades epidemiológicas locais equilibre o esforço assistencial regional e inter-regional, designadamente, suspendendo, durante o mês de novembro de 2020, a atividade assistencial não urgente”.

“Assim, a orientação sobre atividade a cancelar é, como tem sido sempre, para situações de atividade assistencial programada (não urgente) que, pela sua natureza ou prioridade clínica, não implique risco de vida para os utentes, limitação do seu prognóstico e/ou limitação de acesso a tratamentos periódicos ou de vigilância”, disse hoje o MS na resposta à Lusa.

Portugal regista hoje 10.027 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e 91 mortes relacionadas com a covid-19, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este é o maior aumento diário de infeções desde o início da pandemia, ultrapassando o máximo registado em 31 de dezembro, dia em que foram notificados 7.627 casos.

Mais de 70% das novas infeções estão concentradas na região de Lisboa de Vale do Tejo e na Região Norte

Portugal contabiliza pelo menos 7.377 mortos associados à covid-19 em 446.606 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado até 07 de janeiro, com recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos concelhos do território do continente com risco de contágio mais elevado.

 

 

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