Covid-19: Lares receberam ordem para vacinar dirigentes
Responsáveis por lares garantem ter cumprido as orientações do Governo no plano de vacinação contra a covid-19. Recusam ser tratados como “criminosos” e exigem esclarecimentos do primeiro-ministro.
Terá sido, o próprio Governo a dar indicações às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), por intermédio da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), para que incluíssem os “dirigentes ativos” nas listas prioritárias para o plano de vacinação contra a coid-19 em lares de idosos e em Unidades de Cuidados Continuados, garante-se na edição impressa do CM desta quarta-feira, 3 de fevereiro.
Roberto Rosmaninho, que representa a CNIS em Braga, confirma as diretivas do Governo de António Costa e salienta que os dirigentes destas instituições recusam o rótulo de “criminosos”. “Seguimos à risca as orientações que nos chegaram do senhor primeiro-ministro, que indicavam que fossem incluídos utentes, funcionários e dirigentes ativos.
«Não cometi nenhum crime» na vacinação contra a covid-19, diz diretora do Centro Social de Sande S. Clemente
“Foi isso que fizemos ao indicar para vacinação pessoas que consideramos essenciais ao funcionamento da instituição. Não cometi nenhum crime”, afirma àquele diário, Conceição Marques, diretora do Centro Social de Sande S. Clemente.
Foi aqui, em Guimarães, que assume ter sido vacinada e de ter indicado mais quatro elementos – o capelão, duas voluntárias e a vice-presidente – para receberem a vacina. O pároco da freguesia, Joaquim Guimarães, de 85 anos, foi um dos vacinados. Albino Carneiro, pároco em Serzedelo e Calvos, na Póvoa de Lanhoso, onde dirige também duas IPSS, vai mais longe e acusa António Costa de “fugir às responsabilidades”.
«O primeiro-ministro que não continue a fugir por entre os pingos da chuva»
“O primeiro-ministro que não continue a fugir por entre os pingos da chuva e que assuma que foram essas as diretivas que deu”, desafia. “Não somos ladrões de vacinas, como dizem. “Nos últimos dias, têm sido centenas os casos tornados públicos de dirigentes imunizados sem, alegadamente, cumprirem os requisitos do decreto do plano nacional de vacinação. O Ministério da Saúde ainda não comenta a notícia do CM.
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