Covid-19: Lisboa cria rede de apoio alimentar a idosos
Apelando a que os idosos “fiquem nas suas casas”, devido ao Covid-19, a Câmara de Lisboa reuniu-se com as Juntas de Freguesia, para montar uma rede de apoio ao sistema de alimentação.
Apelando a que os idosos “fiquem nas suas casas”, devido ao surto de Covid-19, a Câmara de Lisboa reuniu-se, por videochamada, com as Juntas de Freguesia, para montar uma rede de apoio ao sistema de alimentação. “Mas para os idosos poderem ficar nas suas casas precisamos de ter a confiança e a certeza de que nada lhes faltará, em especial em matéria de alimentação”, avançou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, após uma reunião com as freguesias da cidade, que decorreu a partir da sede da Junta de Freguesia de Benfica, mas através de um ecrã.
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Considerando que “é absolutamente essencial que os mais velhos fiquem em casa e se protejam mais do que todos os outros”, Fernando Medina explicou que o apoio das autarquias passa por assegurar a entrega de refeições ou de alimentos em casa, dependendo da autonomia dos beneficiários para poderem confecionar as refeições.
A partir dos refeitórios escolares e dos refeitórios da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, as autarquias vão criar uma rede de confeção de alimentos, que “faça chegar aos mais necessitados, em primeiro lugar, aqueles que não têm autonomia para confecionar”, indicou.
Tal como os doentes crónicos
No caso dos idosos, assim como dos doentes crónicos, que mantêm autonomia para cozinhar as refeições, as Juntas de Freguesia estão disponíveis para ir às compras e entregar em casa, existindo equipas a receber os pedidos por telefone e outras a distribuir na rua.
Nesse âmbito, as equipas das Juntas têm já coordenado com uma cadeia de supermercado – e o mesmo será feito com as restantes – “horários específicos”, para fazer as compras desta população.
“Proteger os mais vulneráveis também é proteger todos os outros, porque reduzimos a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde”, afirmou Fernando Medina, justificando a prioridade no apoio aos idosos, que “é essencial por questões de humanidade”.
Sobre o número de pessoas abrangidas por este apoio, o autarca referiu que, “até ao deflagrar desta epidemia, recebiam apoio domiciliário alimentar na cidade de Lisboa, numa rede coordenada através da Santa Casa da Misericórdia, 4000 idosos”, mas a rede está a crescer, “de forma rápida”, nomeadamente com pessoas que faziam as refeições nos centros de dia e deixaram de o fazer, pelo que está a ser feito esse levantamento e monitorização das necessidades.
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