A ministra da Saúde volta a admitir que se for necessário teremos de voltar atrás no desconfinamento, com medidas como “restrições em determinados eventos” e “redução nos horários dos espaços comerciais” por causa da pandemia de covid-19 de novo descontrolada no nosso país, principalmente em Lisboa e Vale do Tejo. O Governo avalia hoje em Conselho de Ministros a nova fase de desconfinamento, mas Marta Temido avisou já que o Governo está a tentar “por todos os meios evitar recuos”, reconhecendo que “se o contexto o exigir”, o fará.

Varian indiana da covid-19 dispara em Lisboa e Vale do Tejo

No boletim da DGS à data das considerações da ministra, havia notícia de 1.020 novos casos de infeção no País, 648 em Lisboa e Vale do Tejo, e mais seis mortos por covid-19, todas nesta região. Temido mostra preocupação com o aumento de casos e a nova variante Delta – a indiana – “porque é mais transmissível”. Garante, por isso, estar esforçar-se para “equilibrar vacinação, testagem e medidas não farmacológicas”.

Em Lisboa e Vale do Tejo, a incidência desta variante é de “mais de 60%”. No Norte, de “menos de 15%”. São números “preocupantes” que levaram Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, a reconhecer que a situação na Área Metropolitana de Lisboa “não vai conhecer melhorias durante esta semana”. “Pelo contrário, estamos a assistir ao agravamento da situação, como era expectável.”

Algarve preocupa também Marcelo Rebelo de Sousa

Os números de incidência no Algarve também preocupam o Governo. O índice de transmissibilidade nesta região está acima de 1 e Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, apela aos jovens para que não deixem de vacinar-se e adequem a habitual mobilidade no período do verão para facilitar o processo de vacinação em “contrarrelógio”.

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