A Maratona Internacional de Macau, que se realiza no domingo, não vai ter atletas vindos do estrangeiro, pelo terceiro ano consecutivo. Uma porta-voz do Instituto disse à Lusa que a 41.ª edição da prova não vai ter qualquer maratonista vindo de fora da China, contando apenas com atletas convidados da China continental. Em setembro, o presidente do Instituto de Desporto, Pun Weng Kun, tinha dito que a prova iria aceitar a inscrição de atletas vindos do estrangeiro, pela primeira vez desde 2019, desde que cumprissem a quarentena. Quem chega do estrangeiro, Taiwan ou Hong Kong continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de cinco dias num hotel, seguida de três dias em casa.

Epidemiologista diz que faltou transparência na estratégia de combate à covid-19 da China
O epidemiologista chefe dos Estados Unidos, Anthony Fauci, defendeu hoje que faltou transparência e uma maior proteção da população mais vulnerável na estratégia do Governo chinês de combate à pandemia de covid-19 (… continue a ler aqui)

Durante a apresentação da prova, Pun disse esperar que “haja atletas estrangeiros interessados” em marcar presença, mas admitiu que a organização iria concentrar-se, tal como nas duas edições anteriores, em convidar os principais maratonistas da China continental. As 12 mil vagas da prova, 1.400 na maratona, 4.800 na meia maratona e 5.800 na mini maratona, foram todas esgotadas. Tal como em 2021, a participação exige um teste negativo e que os atletas tenham sido inoculados com pelo menos duas doses da vacina contra a covid-19, nos 14 dias antes da prova.

Organização vai concentrar-se em convidar os principais maratonistas da China continental

Dados oficiais do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus dos Serviços de Saúde de Macau indicam que 91,7% da população já recebeu pelo menos duas doses da vacina. Macau segue a política ‘zero covid’, tal como a China, apostando na testagem em massa da população e em confinamentos para evitar a propagação da doença. O território enfrentou em junho e em julho o pior surto de covid-19, que levou à imposição de um confinamento parcial. Desde o início da pandemia, registou seis mortos e mais de 2.700 casos da doença, incluindo assintomáticos.

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