Covid-19: Peritos analisam possibilidade de aliviar restrições
Peritos e responsáveis políticos voltam a reunir-se no Infarmed para avaliar a situação epidemiológica da covid-19, com a possibilidade de aliviar algumas restrições.
Peritos e responsáveis políticos voltam hoje a reunir-se no Infarmed, em Lisboa. Para avaliar a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal. Estando em cima da mesa a possibilidade de aliviar algumas restrições face à evolução positiva da pandemia. A reunião foi convocada pelo primeiro-ministro, António Costa. Numa altura em que estão a descer o número de infeções e o índice de transmissibilidade do coronavírus SARS-CoV-2. Esta nova reunião de avaliação insere-se num contexto em que se considera que Portugal já terá atingido há cerca de 10 dias um pico em termos de casos de covid-19. Com o número de infeções a apresentar agora uma trajetória descendente.
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Na segunda-feira, de acordo com dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2 registou uma nova descida para 0,81. E a incidência de infeções voltou a baixar, estando agora nos 4.989,6 casos por 100 mil habitantes. A reunião será aberta com intervenções do especialista em saúde pública da DGS Pedro Pinto Leite e do epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) Baltazar Nunes. Que vão fazer a “caracterização da situação epidemiológica” da covid-19 no país.
Seguir-se-á uma apresentação da investigadora Ana Paula Rodrigues do INSA. Com o título “Vigilância na fase de recuperação da pandemia”. E do investigador Henrique Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto. Com o tema “Covid-19: Da emergência à endemia”. Por fim, a pneumologista Raquel Duarte, da ARS Norte e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, apresenta as “recomendações para a gestão da covid-19”.
Alívio das restrições será “progressivo, gradual, cauteloso
O primeiro-ministro já admitiu que Portugal possa avançar para o levantamento de um conjunto de restrições. Tal como já acontece em vários países da União Europeia. Adiantando que os especialistas que têm trabalhado diretamente com o Governo na adoção de medidas de controlo e combate à pandemia “estão a ponderar que alterações devem ser introduzidas face à evolução da covid-19”.
No entanto, logo a seguir, António Costa fez uma ressalva e invocou a sua própria recente experiência com a infeção da covid-19. O primeiro-ministro terminou no passado dia 8 um período de isolamento de sete dias. Depois de ter sido infetado com o vírus que provoca a covid-19. O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse na terça-feira que é de esperar “alívio nas restrições” impostas pela pandemia de covid-19. Mas que esse alívio será “progressivo, gradual, cauteloso.
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