Covid-19: Pfizer e Moderna aumentaram preços das vacinas
As farmacêuticas Pfizer e Moderna aumentaram o preço das suas vacinas contra a covid-19 nos últimos contratos de fornecimento à União Europeia (UE), subindo 25% e 13%, respetivamente, informa o Financial Times.
As farmacêuticas Pfizer e Moderna aumentaram o preço das suas vacinas contra a covid-19 nos últimos contratos de fornecimento à União Europeia (UE), subindo 25% e 13%, respetivamente, informa o Financial Times. Os termos dos contratos, assinados este ano até 2023 para um fornecimento total de 2,1 mil milhões de doses, foram renegociados após estudos clínicos terem indicado que as vacinas mRNA das duas empresas apresentavam melhores taxas de eficácia contra a covid-19 do que as vacinas mais baratas desenvolvidas por AstraZeneca e Janssen.
O preço de uma dose de vacina da Pfizer aumentou quatro euros: dos atuais 15,50 euros Passou para 19,50 euros, de acordo com partes do contrato a que o Financial Times teve acesso. Já o preço de uma dose da vacina da Moderna subiu mais de dois euros para 21,48 euros, face aos anteriores 19 euros previstos no primeiro acordo de fornecimento.
Apesar da subida, o preço da dose de vacina da Moderna até seria superior, mais concretamente 24 euros, referiu o mesmo jornal, mas o valor acabou por ser revisto perante o aumento da encomenda. De acordo com a informação avançada neste domingo, as farmacêuticas estão a aumentar os lucros perante o crescimento de encomendas de diversos países com vista a uma possível terceira dose contra a covid-19 no inverno.
Fenómenos tromboembólicos da AstraZeneca e Janssen ajudam
Consultores do setor farmacêutico indicaram no artigo que a Pfizer – que partilha lucros com a BioNTech – deverá ganhar 47,2 mil milhões de euros com a venda da sua vacina até 2022. Já a Moderna deverá ganhar aproximadamente cerca de 25,2 mil milhões de euros. Quanto à AstraZeneca, que entrega a sua vacina ao preço de custo por tempo indefinido aos países em desenvolvimento, o jornal aponta para proveitos na ordem dos 12,6 mil milhões de euros.
A UE terá negociado estes novos contratos, mais caros, com a Pfizer e Moderna, numa altura em que estava sob pressão para aumentar a oferta aos cidadãos europeus, num momento em que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) investigava a possível ligação das vacinas da AstraZeneca e da Janssen ao aparecimento de fenómenos tromboembólicos extremamente raros na população vacinada.
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