Covid-19: Portugal pode atingir 120 casos por 100 mil habitantes dentro de um a dois meses
Portugal pode atingir os 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes dentro de um a dois meses, tendo em conta a evolução do índice de transmissibilidade (Rt) do vírus, anunciou a DGS.
Portugal pode atingir os 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes dentro de um a dois meses, tendo em conta a evolução do índice de transmissibilidade (Rt) do vírus, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
“Considerando o valor de Rt atual (média 5 dias), atingir-se-á a linha dos 120 casos por 100.000 habitantes em um a dois meses”, refere o relatório de “monitorização das linhas vermelhas para a covid-19” da DGS e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
No relatório anterior, divulgado a 10 de abril, os dois organismos estimavam que o período de duplicação da incidência fosse de 86 dias, o que significava seria preciso “dois ou mais meses” para atingir essa barreira dos 120 casos.
Segundo os dados de hoje, o número infeções pelo vírus SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes acumulado nos últimos 14 dias foi de 70 novos casos, com “tendência estável a crescente a nível nacional”.
O valor do Rt — que estima o número de casos secundários de covid-19 resultantes de uma pessoa infetada – apresenta valores superiores a 1 a nível nacional (1,05) e em todas as regiões do continente, com exceção de Lisboa e Vale do Tejo, onde está situado nos 0,96.
Estes indicadores — o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 — são os dois critérios definidos pelo Governo para a avaliação continua que está a ser feita do processo de desconfinamento que se iniciou a 15 de março e que prossegue segunda-feira com a terceira de quatro fases na generalidade do território continental.
Já no que se refere ao número diário de casos de covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos, o relatório refere que se encontra com uma “tendência ligeiramente decrescente a estável”, encontrando-se abaixo do valor crítico definido de 245 camas ocupadas.
“A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,6%, valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%”, indicam ainda a DGS e o INSA, ao avançar que se registou ainda um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias com um total de 277.228.
“Nos últimos sete dias, todos os casos de infeção por SARS-CoV-2 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e foram rastreados e isolados 94,3% dos seus contactos”, asseguraram também as duas entidades.
Sobre as variantes do novo coronavírus, o relatório das linhas vermelhas da covid-19 avança que se estima que, em março, a prevalência de casos de covid-19 em Portugal da variante associada ao Reino Unido seja de 82,9%.
“A análise global dos diversos indicadores sugere uma situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde. Verificou-se um ligeiro aumento da transmissão nos grupos etários mais jovens, nas quais o risco de evolução desfavorável da doença é menor”, concluem o INSA e a DGS.
Em Portugal, morreram 16.937 pessoas dos 829.911 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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