Covid-19: Três meses entre doses aumenta eficácia da vacina
Três meses de intervalo entre as duas doses conferem maior eficácia à vacina contra a covid-19 da Universidade de Oxford/AstraZeneca, de acordo com estudo publicado na revista científica The Lancet.
A vacina contra a covid-19 produzida pela Universidade de Oxford em conjunto com a AstraZeneca é mais eficaz se tomada com, pelo menos, três meses de intervalo, revela estudo publicado esta sexta-feira, 19 de fevereiro, na revista científica The Lancet.
Os resultados indicam que “a vacina é mais eficaz com um intervalo mais longo entre a primeira e a segunda tomas”, registando 85% de eficácia após três meses contra 55% num intervalo até seis semanas. A investigação incluiu 17.178 participantes, oriundos do Reino Unido, Brasil e África do Sul.
As conclusões da análise “sugerem que o intervalo entre doses pode ser alargado de forma segura para três meses, dada a proteção que uma dose única confere, o que poderá permitir que os países vacinem uma fatia maior da população mais depressa”.
A apoiar essa ideia estão os resultados de eficácia da primeira dose nos três meses seguintes, que atinge “76% a partir do 22.º dia a seguir à inoculação”.
«Vacinar mais pessoas pode conferir maior proteção imediata»
Andrew Pollard, principal autor, sugere que “vacinar mais pessoas com uma única dose pode conferir maior proteção imediata à população do que vacinar metade das pessoas com uma segunda dose”.
“A longo prazo, uma segunda dose deverá garantir imunidade prolongada, por isso encorajamos toda a gente que tenha tomado uma dose a receber ambas”, afirma o investigador da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Os autores frisam que não chegaram a conclusões sobre quanto dura a imunidade conferida por uma dose única da vacina, já que os testes não se estenderam para além dos três meses de intervalo.
Os participantes que tomaram as duas doses com um intervalo de 12 ou mais semanas (84 ou mais dias) tiveram mais proteção (81%) do que as pessoas que tomaram as duas doses com menos de seis semanas de intervalo (55%).
A resposta imunitária, com desenvolvimento de anticorpos, foi duas vezes mais forte no grupo que tomou as vacinas com um intervalo maior, acrescentam os autores do estudo.
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