Dezanove cidadãos ausentes de hostel em Lisboa foram localizados e testados
O Conselho Português para os Refugiados indicou hoje que 19 requerentes de proteção que não se encontravam num hostel em Lisboa no dia da realização de testes à covid-19 foram localizados de imediato, tendo alguns já sido testados.
O hostel, localizado na Rua Morais Soares, na freguesia de Arroios, foi evacuado no domingo devido a um caso positivo da doença. A este caso somaram-se, entretanto, mais de uma centena.
“Tendo-se verificado que um grupo de pessoas (19) não se encontrava no hostel no dia de realização dos testes, o SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] e o CPR procederam à sua localização imediata, tendo alguns já efetuado o teste e estando outros em vias de o fazer”, refere o Conselho em comunicado.
A notícia de que os 19 cidadãos saíram do hostel sem a realização de testes de despistagem foi dada hoje pelo Correio da Manhã.
O CPR realça que as listagens de acolhimento são atualizadas regularmente e que qualquer requerente de proteção internacional tem liberdade de circulação em Portugal.
“Não estão obrigados a permanecer sempre no mesmo município, devendo manter o SEF informado acerca do seu paradeiro, nos termos da Lei do Asilo”, é referido.
O CPR salienta também que, nos termos desta legislação, os requerentes de proteção internacional estão, durante todo o procedimento, em situação regular em Portugal.
De acordo com a Lei do Asilo, o apoio social e de alojamento é assegurado apenas àqueles que se encontram em situação de carência económica, podendo este apoio cessar a qualquer momento, assim que se deixe de verificar os pressupostos dessa situação.
O vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Castro, adiantou no início da semana que foram transportados para a Base Aérea da Ota, em Alenquer, 169 cidadãos estrangeiros, dos quais 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete com resultados inconclusivos e 26 com testes negativos.
Estas pessoas, requerentes de proteção, permanecerão no local durante duas semanas.
Segundo a presidente do CPR, Mónica Farinha, os cidadãos estavam no hostel de Lisboa por causa da sobrelotação dos centros de acolhimento daquele organismo.
Há cerca de 800 pessoas à espera de que os seus requerimentos tenham resposta alojadas em condições semelhantes em hostels na capital.
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