DGS satisfeita com posição de Portugal no ‘ranking’ dos serviços de saúde europeus

A diretora-geral da Saúde manifestou-se satisfeita com a posição de Portugal no ‘ranking’ que avalia os cuidados de saúde dos europeus, sublinhando a melhoria em áreas como a espera nas urgências e a saúde oral.

DGS satisfeita com posição de Portugal no 'ranking' dos serviços de saúde europeus

A diretora-geral da Saúde manifestou-se esta segunda-feira, dia 29, satisfeita com a posição de Portugal no ‘ranking’ que avalia os cuidados de saúde dos europeus, sublinhando a melhoria em áreas como a espera nas urgências e a saúde oral.

“De um modo geral, estamos satisfeitos com a posição pois são 35 países e Portugal ocupa a 14.ª posição, pelo segundo ano consecutivo. Isto tem que ver com a consistência do nosso trabalho e com a ação junto dos doentes”, afirmou Graça Freitas.

A responsável sublinhou que Portugal vem da 20.ª posição e que agora já está à frente de países como Espanha, Reino Unido e Irlanda, mas diz que “o objetivo é melhorar sempre”.

“De facto, melhoramos numa área importante, que é o tempo de espera para serviços de urgência e na intervenção de saúde oral, e melhoramos na atividade física, que era uma área onde tínhamos de fazer algo pois é conhecido que somos dos países mais sedentários”, exemplificou Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde destacou ainda uma área em que Portugal obteve a pontuação máxima, que foi a do diagnóstico da diabetes, “um dos grandes problemas de saúde no país”.

Relativamente aos aspetos negativos, Graça Freitas diz que em muitos casos Portugal foi prejudicado pela falta de dados de boa qualidade, dizendo que há área onde se registaram francas melhorias entretanto, como é o caso do item que se refere à sobrevida dos doentes oncológicos.

“Para o ano vamos melhorar muito nesta área, pois os registos oncológicos foram fundidos num só, o registo oncológico nacional, o que nos permitirá uma avaliação melhor. Aqui teremos sido penalizados porque não tínhamos de facto um sistema de informação tão robusto”, afirmou, acrescentando que o mesmo se terá passado no acesso atempado a alguns meios complementares de diagnóstico.

“A legislação de 2017 sobre os tempos máximos de resposta garantidos para os meios complementares de diagnóstico irá melhorar esta posição”, frisou.

Já quanto às infeções hospitalares, em que Portugal recebeu pior nota (é o terceiro da lista dos piores, apenas atrás de países como a Roménia e Malta), Graça Freitas reconheceu que Portugal “partiu de valores bastante maus”, mas diz que nos últimos dois a três anos “tem sido feito um esforço enorme”.

“Um dos programas prioritários para o nosso país é o do controlo da infeção associada aos cuidados de saúde e da resistência aos antimocrobianos. A boa notícia é que temos estado a melhorar, mas em relação a países que nos levam algum avanço ainda temos algum terreno a recuperar”, disse.

Para a responsável, “Portugal partiu de um ponto muito negativo e [a recuperação] levará o seu tempo”, mas os dados têm “melhorado de ano para ano”.

Elaborado pela organização Health Consumer Powerhouse, o Euro Health Consumer Index (EHCI) é uma classificação anual dos sistemas de saúde nacionais da Europa, com base em indicadores de seis áreas temáticas: direitos e informação dos doentes, acessibilidade, resultados, diversidade e abrangência dos serviços prestados, prevenção e produtos farmacêuticos.

Entre os 35 países avaliados, Portugal obteve a 14.ª posição, a mesma que já tinha obtido em 2016, continuando ainda de fora do “clube dos 800”, ou seja, dos países que obtiveram 800 pontos nos indicadores avaliados, para os quais o máximo é mil.

 

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