Terça-feira é dia de luto nacional pela morte de Agustina Bessa-Luís
Agustina Bessa-Luís morreu esta segunda-feira aos 96 anos, no Porto.
O Governo, por indicação do primeiro-ministro, António Costa, decretou na terça-feira um dia de luto nacional pela morte da escritora Agustina Bessa-Luís, esta segunda-feira, aos 96 anos, no Porto, disse à agência Lusa fonte do executivo.
Agustina Bessa-Luís nasceu em 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e encontrava-se afastada da vida pública, por razões de saúde, há cerca de duas décadas.
O nome de Agustina Bessa-Luís destacou-se em 1954, com a publicação do romance A Sibila, que lhe valeu os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, que constam de uma lista de galardões que inclui igualmente o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra Os Meninos de Ouro, e que voltou a receber em 2001, com O Princípio da Incerteza I – Joia de Família.
A escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com o Prémio Adelaide Ristori, do Centro Cultural Italiano de Roma, em 1975, e com o Prémio Eduardo Lourenço, em 2015.
Sobre Agustina, o ensaísta Eduardo Lourenço, em declarações à Lusa, no final da cerimónia da entrega do Prémio Eduardo Lourenço à autora, há pouco mais de três anos, disse que é «incomparável», é a «grande senhora das letras portuguesas». Agustina recebeu ainda os Prémios Camões e Vergílio Ferreira, ambos em 2004.
Foi condecorada como Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada, de Portugal, em 1981, elevada a Grã-Cruz em 2006, e o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, de França, em 1989, tendo recebido a Medalha de Honra da Cidade do Porto, em 1988.
O funeral realiza-se na terça-feira, segundo a mesma fonte.
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