Empresas portuguesas apontam ataques cibernéticos como principal risco em 2021

Os ataques cibernéticos, a pandemia e os surtos e a instabilidade política ou social são os principais riscos apontados pelas empresas portuguesas para 2021, segundo um estudo da Marsh Portugal hoje divulgado.

Empresas portuguesas apontam ataques cibernéticos como principal risco em 2021

Os ataques cibernéticos, a pandemia e os surtos e a instabilidade política ou social são os principais riscos apontados pelas empresas portuguesas para 2021, segundo um estudo da Marsh Portugal hoje divulgado.

“As empresas portuguesas destacaram como o seu principal risco para 2021 os ataques cibernéticos [67%]. O cenário de ameaças cibernéticas tem evoluído rapidamente, reforçado pela pandemia, o que leva as empresas a procurarem respostas mais céleres para lidar com estas exposições”, lê-se no estudo A visão das empresas portuguesas sobre os riscos 2021.

Assim, “é crucial” que as empresas garantam formação aos seus trabalhadores, de modo a acompanharem o ritmo da digitalização e a adaptarem as suas operações às novas tecnologias, refere a empresa que opera no setor da corretagem de seguros e consultoria de riscos.

Entre os riscos identificados destacam-se ainda a pandemia e os surtos e a instabilidade política ou social. Seguem-se a recessão, eventos climáticos extremos e a crise financeira/crises fiscais.

Para 2020, apenas 6% das empresas portuguesas tinham identificado como um dos riscos a pandemia/surtos.

Este risco passou assim, no corrente ano, para o topo da tabela, com uma subida de mais de 47 pontos percentuais.

Já no que se refere aos riscos que as empresas portuguesas acreditam que o mundo vai enfrentar neste ano, a pandemia/propagação rápida de doenças infecciosas ocupa o primeiro lugar com 63%, seguido pelos ataques cibernéticos em grande escala (62%), crises fiscais e financeiras em economias chave (46%) e elevado desemprego ou subemprego estrutural (38%).

No fundo da tabela aparecem a falha de ‘governance’ nacional (34%) e os eventos climáticos extremos (34%).

Por outro lado, quase metade (48%) das empresas portuguesas atribuem elevada importância à gestão de riscos, enquanto 42% afirmaram dar suficiente importância e 9% pouca importância.

“De destacar a cada vez maior importância da gestão de riscos para a resiliência das organizações: em 2021, 90% afirmou dar uma importância suficiente ou elevada, mais 9% que em 2017”, referiu.

Relativamente ao orçamento destinado a esta gestão, 35% dos inquiridos admitiram que o valor aumentou e 1% que diminuiu, enquanto 19% referiram não saber qual o montante destinado à gestão de riscos e 45% que o valor estabilizou, em linha com os resultados de 2020.

Questionadas sobre o efeito da pandemia de covid-19, as empresas apontaram um impacto financeiro (36%) e operacional (31%) negativo.

“Estes resultados espelham, naturalmente, os receios demonstrados relativamente aos riscos cibernéticos, de recessão ou de crise financeira, tal como dá relevo ao impacto financeiro e operacional que os eventos climáticos extremos geram nas empresas. Mas, não deixa de ser importante realçar os riscos cibernéticos, ou outros que podem derivar de falhas humanas e não apenas de fatores externos”, revelou o estudo.

De acordo com a mesma análise, 16% dos respondentes notaram que as suas empresas não foram impactadas com a pandemia e 9% referiram ter um impacto operacional positivo e 8% um impacto financeiro positivo.

Por área, as empresas mais afetadas foram vendas e operações (ambas com 45%), seguidas por recursos humanos (35%) e operações (34%).

O estudo da Marsh Portugal contou com a participação de 152 empresas (públicas e privadas) de 21 setores de atividade, sendo que 82% não são cotadas em bolsa.

A Marsh opera no setor da corretagem de seguros e consultoria de riscos, contando com cerca de 40.000 colaboradores em mais de 130 países.

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