Erro de farmacêutica provoca síndrome do lobisomem em bebés
Fármaco provocou crescimento anormal de pelos em todo o corpo de várias crianças, a chamada síndrome do lobisomem. Caso está a chocar a Espanha.
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No total são já 17 os casos de síndrome do lobisomem detetados em menores que usaram um fármaco adulterado. A Farma-Química Sur, empresa de Málaga, vendeu por engano um medicamento vasodilatador indicado para a alopecia, embalado como omeprazol. A troca provocou hipertricoses, doença conhecida como síndrome do lobisomem. A enfermidade leva ao crescimento anormal de pelos que cobrem todas as partes do corpo. «O meu filho ficou com pelos na cara, nos braços, nas pernas e nas mãos. Tinha sobrancelhas maiores do que as de um adulto. Foi assustador», relata Ángela Selles, mãe de um dos bebés afetados. Segundo fonte da Agência Espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários, estão confirmados 17 casos no país.
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Medicamento que provoca síndrome do lobisomem vendido sob forma de xarope
O medicamento, vendido sob forma de xarope para tratamento de gastroenterite, foi comercializado por farmácias de vários pontos do país. A mãe do bebé que sofreu mais consequências foi quem deu o alerta. «Fomos ao pediatra e ele achou que se tratava de um problema genético. Pediu uma série de exames e foi nesses resultados que nos foi dito o que se tinha passado. O meu filho tem três meses e as consequências vão para além da questão estética. Ficou com problemas respiratórios, rouquidão e alterações no ritmo cardíaco. Segundo o pediatra, vão ser necessários vários meses para recuperar», conta. O primeiro alerta foi lançado a 11 de julho pela Agência Espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários. Desde então, têm sido retiradas do mercado as embalagens do medicamento adulterado. Contudo, ainda estão 22 lotes por localizar. A fábrica que produz o fármaco foi encerrada por incumprimento das normas de controlo de fabrico de medicamentos. Os proprietários terão seis meses para responder a um inquérito.
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